luni, 28 mai 2007

"Associações de turismo do Centro em clima de guerra aberta"

No Público de hoje, os jornalistas André Jegundo e Maria José Santana revelam que "Depois da saída das regiões da Rota da Luz e da Serra da Estrela da Associação de Turismo da Região Centro (ATC), as tensões entre estes organismos não param de aumentar. Jorge Patrão, presidente da Região de Turismo da Serra da Estrela, acusa a ATC de ser uma 'associação podre e viciada' e afirma que o Centro 'não existe enquanto marca turística'. Já Pedro Machado, presidente da ATC, apelou à intervenção do Governo para pôr cobro à instabilidade vivida nos últimos tempos.
Além de acusar a associação de turismo do Centro de não ter feito "'ada em sete anos de existência', Jorge Patrão defende que as irregularidades identificadas na campanha Lusitânea - em que a ATC poderá ter que devolver cerca de dois milhões de euros gastos indevidamente em promoção turística durante o Euro-2004 - provam que a associação de turismo está 'podre'.
Pedro Machado lamenta as acusações e lembra que o presidente da Região de Turismo da Serra da Estrela integra a ATC 'desde o início'. 'Está a fazer acusações a si próprio. Se é assim podre e viciada, porque é que não saiu há mais tempo? Porque é que permaneceu sete anos na ATC?', questiona, atribuindo as demissões das duas regiões 'a manobras dos respectivos presidentes' com o objectivo de 'pressionar o Governo na reorganização das regiões de turismo', que está actualmente em estudo. Não querem fazer parte da marca Centro e por isso fazem ruído para mostrar que não há consenso. Devem protestar junto do Governo e não criar instabilidade na ATC', aconselha Pedro Machado.
Pedro Luz, presidente da Região de Turismo da Rota da Luz (RTRL), rejeita por completo a ideia e afirma que a saída da associação que dirige não tem nada a ver com a alteração dos actuais modelos das regiões de turismo. 'É atirar completamente fora do alvo', responde. E acrescenta: 'O próprio dr. Pedro Machado não concorda com a proposta avançada pelo Governo.'
De acordo com Pedro Silva, a demissão da Rota da Luz ficou a dever-se à ameaça de expulsão de que foi alvo pela Associação de Turismo do Centro, caso não procedesse ao pagamento das respectivas quotas. O líder da região de turismo da região de Aveiro considera a ameaça de expulsão 'inqualificável' e revela que também já solicitou uma audiência com o secretário de Estado do Turismo 'para resolver o assunto'.
Pedro Machado argumenta que, enquanto presidente da ATC, tem 'o dever de exigir o pagamento de quotas em atraso' e lamenta que tanto a região da Serra da Estrela como a da Rota da Luz tenham 'milhares de euros de dívidas por pagar'. 'Entre quotas e outras sinalizações, a região da Serra da Estrela deve cerca de vinte mil euros e a Rota da Luz mais de quinze mil. Por isso, chega de mentiras e assumam os compromissos. Em Portugal quem não paga tem um nome', diz." (As hiperligações foram acrescentadas)