marți, 23 aprilie 2013

A maratona de Boston,o turismo e o terrorismo


A maratona de Boston, o Turismo e o terrorismo.


Bayard Do Coutto Boiteux


Os grandes atentados contra populações civis acontecem, de forma permanente, desde 11 de setembro de 2001,quando as torres gêmeas foram destruídas,em plena Nova Iorque mostrando fragilidade no controle do espaço aéreo norte-americano. A invasão do Iraque levou a destruição de uma discoteca em Bali e a um atentado numa estação de trem madrilenha,como forma de pressionar os governos a mudarem suas posições estratégicas.O mundo assiste com preocupação a retomada do terrorismo,com o recente atentado em Boston,durante o maior evento esportivo daquela cidade,desde 1897,a maratona de Boston,a segunda mais antiga do mundo.

A ideia é sempre causar comoção no país e na cidade ,atingindo populações indefesas e que teoricamente não são responsáveis pelos posicionamentos de seus países.Mais uma vez ,foram atingidos cidadãos de outros países,o que cria uma solidariedade internacional,como ocorreu em 11 de setembro.As quinhentas mil pessoas que se encontravam no evento mostram o ambiente propício,para a explosão de bombas.São bombas caseiras,que trazem um impacto enorme,inclusive causando amputação de membros,como ocorreu em Boston. Os efeitos são terríveis e já foram sentidos pelos norte-americanos, que atuam em conflitos internacionais.

Os mais de vinte mil corredores que iniciaram a prova na cidade de Hopkinton, durante o feriado do “dia do patriota” se dirigiam a Boston, onde a corrida termina. Parte deles foi surpreendida pela explosão na linha de chegada ,preconizada,ao que parece de forma individual,pelos irmãos Tsarnaev,de origem tchetchena. A Tchetchênia ,região russa de população islâmica,em sua maioria tem buscado sua independência nos últimos anos e gerou alguns atentados locais,como o do teatro de Moscou e da escola de Beslan.Interessante que os irmãos estudaram em estabelecimentos de qualidade educacional reconhecida nos EUA e pareciam integrados ao dia a dia do” american way of life.”




Outrossim,cabe dar ênfase ao fato de que as câmeras espalhadas foram vitais, pelo menos, para o reconhecimento dos terroristas. Verdadeiros “big brothers”,elas atuam hoje em grandes centros urbanos e deveriam ser monitoradas 24 horas,inclusive por especialistas,em se tratando de grandes eventos esportivos.Infelizmente,tal fato parece não ter ocorrido pois caso contrário teria detectado previamente os gestos poucos usuais dos irmãos .Influenciados pela Al-Quaeda,segundo conclusões do FBI,devem ter tido acesso a uma receita de bombas caseiras on line,no site da organização terrorista.

O atentado deixou o mundo mais uma vez apreensivo e mostrou que nenhum país está imune ao terrorismo, nem aqueles que teoricamente nunca sediaram tais atos e que vivem uma calma, por força de suas características étnicas e posicionamentos internacionais, como o Brasil. Agora, que vamos sediar grandes eventos, como a Copa das Nações, as Jornadas Mundiais da Juventude, a Copa e as Olimpíadas, precisamos ficar muito mais atentos. O fato tem relação com as delegações internacionais,que para os terroristas,são as representantes da ideologia contraria a seus pleitos.Nosso grande dever de casa é justamente aparelhar o país com um controle único civil e militar,tentando colocar em prática cases de sucesso,num modelo de benchmarketing,adotados ao modelo brasileiro.As forças de segurança estaduais e municipais,não só os batalhões de elite precisam se interar de forma decisiva dos meandros de tais atos terroristas . Um dos maiores investimentos do Brasil tem que ser feito na área de segurança, em todos os aspectos, para evitar que tetos de estádios despenquem, que alimentos fora do prazo sejam encontrados em hotéis de luxo ou ainda na segurança diária da população e dos visitantes. Uma leitura e eu estudo do Código de Ética Mundial do Turismo da OMT seria um bom começo.Uma providência vital, é a capacitação,reciclagem dos que atuam com grandes eventos e que não podem ser eventuais mas devem fazer parte de um programa de capacitação a longo prazo.O Brasil vem se acostumando a resolver de forma pontual problemas que poderiam ser vislumbrados num planejamento contínuo .

Não gosto de dizer que aprendemos com atos terroristas. Lições nos são dadas com exemplos de positividade mas os atentados realizados nos últimos dez anos possuem características parecidas e demandam maiores investimentos e estudos.Lembro que não é com a segregação,a critica sistemática a crédulos religiosos que iremos resolver a situação.O mundo tem que sair da vaidade individual e ingressar num processo coletivo de entendimento,de reconhecimento da diversidade,do atendimento das minorias étnicas.Enfim,precisamos de reconhecer que as pessoas e as lutas são diferentes e não jogar pedras nas diferenças.


Bayard Do Coutto Boiteux, professor universitário, pesquisador, escritor, preside o site Consultoria em Turismo, coordena o curso de Turismo da UniverCidade e dirige o Canal de Turismo em foco no youtube. (www.bayardboiteux.com.br)

vineri, 5 aprilie 2013

O Rio de Janeiro,a cultura da violência e o turismo


O Rio de Janeiro, a cultura da violência e o turismo.

Bayard Do Coutto Boiteux

 

A política de segurança implantada nos últimos anos,no Estado do Rio,com o advento das upps muito contribuiu para uma nova imagem institucional do Rio,junto aos grandes mercados emissores.Com uma imagem violenta,a cidade maravilhosa estava afugentando turistas,investimentos e até empresas aéreas,que começaram a optar por outros portões de entrada.Vamos sediar grandes eventos como a Jornada dos jovens católicos,a copa das confederações ,os jogos olímpicos,a copa mundial,o que vai possibilitar que nossa cidade seja apreciada no mundo inteiro.

No entanto, temos que cuidar continuamente de tudo que aqui acontece e ter um gabinete de emergência institucional de turismo, que responda rapidamente, com ações de relações publica, quando eventos negativos aqui acontecerem. Acabamos de assistir a  um episodio lamentável de uma turista norte-americana sequestrada e estuprada e um jovem assassinado na porta de uma casa de entretenimento,na zona sul do Rio.Sim,há uma cultura latente de violência que povoa a mente de vários jovens e adultos e que precisa ser trabalhada.Falta um melhor posicionamento das famílias na educação das crianças,que devem ser incitadas a entender a diversidade e a respeitar as outras pessoas.

Sinto, por exemplo, nas redes sociais, discursos de ódio, comunidades que incitam a violência, pessoas que denigrem seus pares e a resposta legal é muito vagarosa. Para retirar um depoimento,perde-se muito tempo e às vezes,o site de relacionamento não entende que uma afirmação é prejudicial.Falta um pouco de ética,de respeito e sobretudo de entendimento de que as lutas são diversas e demandam entendimentos que pressupõem vontade individual de perceber novos posicionamentos.
A cultura da violência que norteia o mundo precisa ser trabalhada em cada comunidade.Responder aos anseios locais com escolas,hospitais,habitação,opções de entretenimento são respostas que o Poder Público precisa incluir em suas políticas no lugar de ofertar salários indiretos,sem ensinar a pescar,criando um exercito de dependentes do Poder publico,que deixam de lutar e se calam,em função daqueles colaborações financeiras recebidas.

O Rio continua e sempre será uma cidade abençoada e querida, mas vamos devagar buscando soluções para os problemas pontuais de trabalho, desemprego, desrespeito às leis que geram um estresse grande na população e estimulam a cultura da violência.

Bayard Do Coutto Boiteux é professor universitário, pesquisador, escritor e preside o site Consultoria em Turismo. (www.bayardboiteux.com.br)