miercuri, 30 decembrie 2009

Planet Work, Cesgranrio e UniverCidade fazem a última pesquisa de 2009

A Planet Work e a Fundação Cesgranrio realizaram 2 pesquisas de 01 a 25 de dezembro de 2009, com 800 turistas estrangeiros e 1000 turistas brasileiros, para avaliar o perfil de tais turistas, no mês de dezembro. A pesquisa contou com o apoio de 50 alunos dos cursos de Turismo e Hotelaria da UniverCidade, que estiveram presentes em Copacabana, Flamengo, Catete, Santa Teresa, Barra, Ipanema, Leblon, São Conrado e centro. A pesquisa foi coordenada pelos professores Bayard Boiteux e Mauricio Werner e foi auditada pelo Ipetur - o Instituto de Pesquisas e Estudos do Turismo da UniverCidade, única instituição de ensino no Brasil, auditada e certificada pela OMT - a Organização Mundial do Turismo, agência especializada em Turismo da ONU, com sede em Madrid.
Com as referidas enquetes, os professores Bayard Boiteux e Mauricio Werner concluem a série de estudos que fizeram em 2009, mais de 50, para medir e avaliar a importância do Turismo na cidade do Rio de Janeiro. Em função deste último estudo, foi feita também uma previsão para a alta estação carioca, que vai até março de 2010.

Seguem os resultados das pesquisas:

Perfil do Turista brasileiro
Sexo: 40% mulher / 60% homem
Grau de escolaridade: 20% ensino fundamental /45% ensino médio /35% ensino superior
Idade: 18/25 anos-30% / 26/42-28% / 43/60-36% / Mais de 61-6%
Faixa salarial: 1/3 SM-20% / 4/8 SM-30% / 9/14 SM-20% / 15/20 SM-15% / Mais de 21 SM-15%
Forma de hospedagem: 57% Hotel / 25% Aluguel de apartamentos / 15% casa de amigos / 3% hospedagem domiciliar
Forma de organização da viagem: 75% viaja por conta própria / 25% viaja através de agência
Principais mercados emissores: São Paulo-29% / Minas Gerais-26% / Rio Grande do Sul-13% / Espírito Santo-11% / Paraná-9% / Pernambuco-6% / Ceara-4% / Alagoas-2%
Principais atrativos turísticos visitados: Pão de Açúcar-31% / Corcovado-23% / Maracanã-18% / Floresta da Tijuca-16% / Praias-12%
Meio de transporte utilizado: Rodoviário-55% / Aéreo-40% / Outros-5%
Pontos Negativos: 35% mendicância / 30% segurança / 25% transporte público / 15% informação turística
Pontos Positivos: 40% o carioca / 25% limpeza / 20% os shoppings / 10% gastronomia / 5% a prestação de serviço
Permanência média: 1/3 dias-15% / 4/7 dias-65% / Mais de 8 dias-20%
Gasto médio na cidade por dia: Até RS 120,00-30% / De RS 130,00/RS 200,00-45% / De 210,00 a RS 300,00-15% / Mais de RS 310,00 10%
Outras Cidades visitadas no Estado: Angra-30% 7 Paraty-20% / Búzios-18% / Itatiaia-15% / Petrópolis-10% / Nova Friburgo-5% / Niterói-2%
Grau de satisfação: 95% retornaria ao Rio / 5% não retornaria
Freqüência de visita ao Rio: Primeira vez-66% / 2/3 vezes-23% / 4/6 vezes-9% 7 Mais de 7 vezes-2%

Perfil do Turista estrangeiro
Forma de organização da viagem: 60% por conta própria / 40% através de agência
Forma de hospedagem: 70% hotel / 20% aluguel de apartamentos / 6% casa de amigos / 4% hospedagem domiciliar
Meio de transporte: 70% aéreo / 25% marítimo / 5% rodoviário
Procedência dos turistas: 25% norte-americanos / 14% franceses / 13% portugueses / 10% alemães / 9% italianos / 8% ingleses / 7% argentinos / 5% chilenos / 4% japoneses / 2% mexicanos / 2% australianos / 1% uruguaios
Outras cidades visitadas no Rio: 35% Paraty / 30% Búzios / 15% Petrópolis / 10% Niterói / 8% Angra dos Reis / 2% Cabo Frio
Gasto médio: 80/120 USD-42% / 130/200-35% / 210/280-20% / Mais de 290-3%
Grau de satisfação: 86% retornaria ao Rio / 14% não retornaria
Pontos Negativos: 25% mendicância / 23% informação turística / 17% sinalização turística / 14% segurança / 12% taxis / 9% limpeza
Pontos Positivos: 26% população anfitriã / 21% policiamento nas áreas turísticas / 18% ordenamento das praias / 13%organização das praias / 11% gastronomia / 8% metro / 3% atrativos culturais
Nível de escolaridade: 25% Ensino fundamental / 55% Ensino médio / 20% ensino superior
Faixa etária: 18/25 anos-25% / 26/42 anos-23% / 43/60-35% / Mais de 61-17%
Sexo: 55% mulheres / 45% homens
Freqüência da visita: Primeira vez-80% / 2/3 vezes-15% / Mais de 4 vezes-5%
Atrativos turísticos visitados: Pão de Açúcar-33% / Corcovado-22% / Jardim Botânico-17% / Floresta da Tijuca-15% / Passarela do Samba-11% / Cidade do Samba-2%
Permanência média: 1/3 dias-22% / 4/7 dias-67% / Mais de 8 dias -11%

Previsões para a alta temporada dos Professores Bayard Boiteux e Mauricio Werner, respectivamente presidente do Instituto de Pesquisas e Estudos do Turismo da UniverCidade e presidente da PlanetWork:
1) Haverá um acréscimo de 15 % de turistas estrangeiros e 25% de turistas domésticos na alta estação.
2) A ocupação hoteleira será de 80% em média, sendo 45% de turistas nacionais e 35% de internacionais.
3) A Europa continua sendo o maior mercado emissor para o Brasil e precisa ser melhor trabalhada. As ações de promoção do Rio são pontuais.
4) Cada vez mais, teremos um turista por conta própria. A cidade tem que se adequar urgentemente, sobretudo com sinalização turística e maior número de centros de informação turística. O ideal seria utilizar as estações de metro como informação turística.
5) O Réveillon receberá 635 mil turistas, dos quais 65% nacionais e 35% estrangeiros.
6) Deverão passar pelo Rio 2,5 milhões de turistas de dezembro a março de 2010.

"Gestores do cartel das cantinas condenados pela Concorrência"

No Diário Económico, a jornalista Hermínia Saraiva acaba de dar conta que "A Autoridade da Concorrência, presidida por Manuel Sebastião, condenou hoje os administradores das empresas envolvidas cartel das cantinas ao pagamento de 20 mil euros em multas.
Esta é a primeira vez que a AdC responsabiliza directamente órgãos de gestão acusados de violar as leis da Concorrência.
O regulador decidiu-se pela aplicação de coimas superiores a 14 milhões de euros às cinco empresas envolvidas por práticas lesivas da concorrência no mercado de refeições e serviços de gestão e exploração de refeitórios, cantinas e restaurantes. A informação foi confirmada ao Económico pelo advogado de uma das empresas acusadas, que não descarta a possibilidade de vir a recorrer da decisão da AdC." (As hiperconexões foram acrescentadas)
Este artigo pode ser lido na íntegra.

Nota: para mais informações, vide o Comunicado da AdC.

marți, 29 decembrie 2009

"ASAE instaurou 1800 processos por infracções à Lei do Tabaco em dois anos"

Como noticia o Público, em Portugal, "Quando se completam dois anos da entrada em vigor da Lei do Tabaco, que se assinalam sexta-feira, o presidente da ASAE, António Nunes, explicou que a maioria das infracções está relacionada com a falta de sinalização ou sinalização incorrecta, fumar em locais proibidos e a criação de espaços para fumadores que não cumprem os requisitos.
Em 2008, foram instaurados 867 processos, número que subiu este ano para 933. Dos 1800 processos de contra-ordenação levantados durante dois anos, a maioria das infracções verificou-se na região de Lisboa (878), seguida da região Norte (488), adiantam os dados da ASAE." (As hiperconexões foram acrescentadas)
Este artigo está disponível em texto integral.

joi, 24 decembrie 2009

"Avança a 'lista negra' de clientes nas discotecas" em Portugal

No Jornal de Notícias, Hugo Silva revela que "O ministro da Administração Interna, Rui Pereira, pediu um parecer à Procuradoria-Geral da República sobre a legalidade da criação de uma lista negra de clientes problemáticos de bares e discotecas.
O pedido de parecer sobre a 'admissibilidade constitucional e legal da criação' de uma lista nominal de pessoas que tenham cometido ilícitos nos estabelecimentos de animação, a quem possa ser vedado o acesso aos espaços, foi remetido ao Conselho Consultivo da PGR na semana passada. Um passo que reforça a disponibilidade do Governo para avançar com uma lista negra de clientes indesejados.
A informação chegou à Associação de Bares da Zona Histórica do Porto, que no início deste mês tinha solicitado uma reunião urgente a Rui Pereira, precisamente para saber em que ponto estava o processo da referida lista." (As hiperconexões foram acrescentadas)
Este artigo pode ser lido na íntegra.

miercuri, 23 decembrie 2009

Em Portugal, "Tarifas de táxi ficam inalteradas em 2010"

Segundo o Público, "O tarifário do serviço de táxi não vai sofrer qualquer agravamento em Janeiro de 2010, mantendo-se em vigor as taxas que estão a ser praticadas desde 15 de Julho de 2008.
Uma nota enviada pelo Ministério da Economia informa que o tarifário que vai vigorar foi estabelecido através da Convenção de Preços, celebrada com as estruturas associativas do sector, ANTRAL (Associação Nacional dos Transportadores Rodoviários em Automóveis Ligeiros) e a FPT (Federação Portuguesa do Táxi).
Deste modo, e a título de exemplo, no que se refere a veículos de 4 passageiros, o tarifário do serviço urbano diurno continuará com o valor da bandeirada fixado em €2,00, o valor do quilómetro fixado em €0,45, o valor da hora de espera fixado em €13,35 e o valor das fracções de percurso fixadas em €0,15.
Igualmente se mantêm inalterados os suplementos de bagagem, chamada telefónica ou de transporte de animais domésticos." (As hiperconexões foram acrescentadas)

luni, 21 decembrie 2009

A promoção do Brasil no exterior

O Brasil, infelizmente, não tem conseguido aumentar o número de turistas estrangeiros, que nos visita, apesar de todos os esforços promocionais do governo federal, sobretudo aqueles oriundos do Plano Aquarela. Não recebemos nem sequer um por cento de todos os turistas internacionais que viajam pelo mundo e o governo resolveu apenas falar em receitas geradas pelo turismo,sem mencionar o fluxo quantitativo.
O Plano Aquarela, que conceitualmente traz ações pontuais nos mercados prioritários não apresenta nenhuma inovação nas formas de promoção. Repete programas anteriores como escritórios no exterior, tours de familiarização, press trips e participação em eventos internacionais. Tal formula é a mesma apresentada nos últimos vinte anos e não nos trouxe aumento significativo de consumidores. Ao analisar o plano Aquarela, vejo exatamente o trabalho revolucionário, a época de Oswaldo Trigueiros e Glória Britto Pereira, na FUNTUR mas que para nossa tristeza não evoluiu.
O trabalho das grandes empresas de turismo, com raras exceções, não tem nenhuma criatividade, nem no formato e nem na inovação. Eventos de turismo discutem os mesmos problemas, quase sempre ligados a comissionamento de empresas aéreas.
Estamos no século XXI e precisamos mostrar uma nova cara ao mundo globalizado. Não a de programas assistencialistas, baseados numa filosofia política ultrapassada mas num país que possui grandes talentos e pesquisadores, que podem revolucionar a atividade com base na criatividade.
O mundo ainda nos percebe como um grande balneário, repleto de música e futebol. Pouco avanço houve numa promoção de nossa gente e de nossos valores culturais. A segmentação passa por uma efetiva visão do potencial local ancorado em tendências como as experiências culturais, o viajar por conta própria e a internet, como instrumento de escolha de produtos, com verdadeiras viagens virtuais com visão prévia de nossos sonhos. Estamos muito mas muito longe de tal realidade: cidades mal sinalizadas turisticamente, falta de centros de informações turísticas, inexistência de um toll free em vários idiomas, funcionando 24 horas,para orientar o turista. É tão pouco e já fizemos tais sugestões inúmeras vezes. Não seria mais evidente cuidar melhor de dita infra-estrutura primária, para depois promover melhor e com uma nova política para os fluxos que aqui chegam?
É triste e desculpe novamente a utilização de tal expressão de não vermos um efetivo benchmarketing com destinos que estão dando certo e que poderiam nos ajudar. Chega de tanta foto e tanto sorriso de autoridades e vamos passar para um trabalho efetivo.
Nos últimos anos, vimos nascer os Embaixadores do Rio, os cafés da manhã com o Corpo Consular, os seminários educacionais para vendas de destinos, o Rio é de vocês, Rio Convention and Visitors Bureau sem um aproveitamento melhor do Poder Público. Cada governo quer apenas dizer o que está fazendo e desconhecer o passado do Turismo. Em sã consciência, ninguém pode ignorar a revolução nas gestões Caio Luiz de Carvalho, João Dória Junior, Miguel Colassuano, Roberto Gherardi, Trajano Ribeiro, Alfredo Laufer para citar apenas alguns exemplos. Não seria vital criar um conselho de notáveis que pudessem se posicionar? Vejo no Conselho de Turismo da CNC uma voz que quer colaborar e que pode, sem conotação governamental, ser uma forma de assessoria nas políticas públicas e privadas de turismo.
Precisamos nos conscientizar que o mundo anda muito rápido e que não podemos perder o trem TGV, caso contrário ficaremos fora do circuito internacional, apesar da captação de grandes eventos esportivos, que são momentâneos mas não geram um aumento real de turistas nos anos subseqüentes.
Vamos olhar para os mercados mais próximos e investir mais no MERCOSUL e na preparação de nossos recursos humanos para recebimento de tais visitantes, como faz muito bem o Estado de Santa Catarina. Nossa preparação tem que ser mormente presencial e não à distância. É pouco provável que cursos de idiomas ministrados pela internet possam trazer melhorias reais.
Não quero ter uma visão pessimista mas com a proximidade das eleições e as visões de crescimento de 100% de turistas em 10 anos ,apresentadas no Rio, pelas autoridades federais, que não não condizem com a realidade que se nos apresenta, precisamos mudar.
É uma reflexão, de alguém que com muita humildade e parcimônia deseja colaborar e quer ver um Brasil diferente na percepção de possíveis compradores do produto mas sobretudo que a Lei Geral do Turismo, o PNT e o Plano Aquarela possam ajudar no aumento de turista e no market share.
Bayard Do Coutto Boiteux é escritor,presidente do Site Consultoria em Turismo e coordena os cursos de Turismo e Hotelaria da UniverCidade, no Rio e Mauricio Werner é presidente da Planet Work.

miercuri, 16 decembrie 2009

Quem é o turista português que visita o Rio?

Os cursos de Turismo e Hotelaria da UniverCidade, com o apoio da Fundação Cesgranrio e da Planet Work realizaram de 12 de Novembro a 11 de Dezembro de 2009, uma pesquisa com 600 turistas portugueses, para obter o perfil daquele consumidor. A pesquisa foi coordenada pelo professores Bayard Boiteux e Maurício Werner e contou com a participação de 40 alunos dos referidos cursos. A pesquisa foi auditada e certificada pelo Instituto de Pesquisas e Estudos do Turismo e da Hotelaria da UniverCidade e a margem de erro é 3,4%.
Para Bayard Boiteux, diretor dos cursos de turismo e hotelaria da UniverCidade, Portugal é hoje o principal mercado emissor europeu para o Rio e para o Brasil e deve ser tratado com prioridade. Ele salienta que o Brasil e o Rio devem muito a TAP, que conseguiu aumentar o fluxo de turistas com o maior número de vôos para o Brasil, de uma companhia estrangeira e sobretudo nos socorrer no momento da crise da Varig. Teremos uma dívida eterna com a TAP, e temos que agradecer a gestão dos engenheiros Fernando Pinto e Luiz Mor.
Abaixo,elencamos os resultados da pesquisa,que deverá servir como um indicador para as ações promocionais em Portugal, afirma Mauricio Werner,diretor da Planet Work, que enfatiza que a presença do Brasil na BTL, em Lisboa, tem que ser mais expressiva.

Gênero: 52% homens / 48% mulheres
Grau de instrução: 25% nível fundamental / 35% nível médio / 40% nível superior
Idade: de 18 a 25 anos – 23% / de 26 a 35 anos – 32% / de 36 a 48 anos – 18% / de 49 a 60 anos – 16% / mais de 61 – 11%
Pontos positivos: 40% Praias / 30% População amistosa /20% Preços / 10% Prestação de serviços
Pontos negativos: 35% Segurança / 30% Táxis / 20% Mendicância / 10% Informação Turística / 5% limpeza
Freqüência da visita ao Rio: 40% vieram ao Rio pela primeira vez / 35% já vieram ao Rio pelo menos uma vez / 20% já vieram ao Rio mais de duas vezes / 5% já vieram mais de três vezes
Intenção de voltar ao Rio: Pretendem voltar – 90% / Não voltariam – 110%
Permanência média no Rio: 2 a 4 dias – 40% / 5 a 7 dias – 30% / Mais de 7 dias – 30%
Atrativo turístico que mais atraiu no Rio de Janeiro: 50% Corcovado / 30% Pão de Açúcar / 20% Praias
Organização da viagem: 70% Por conta própria / 30% Através de agências de viagens
Transporte utilizado para chegar ao Rio: 100% Aéreo
Hábito de viajar: Com a família – 45% / Com amigos – 40% / Sozinho – 15%
Procedência dos Turistas: 45% Norte de Portugal / 35% Sul de Portugal / 20% Outras regiões de Portugal
Forma de hospedagem: 45% Hotéis / 30% Casa de familiares/amigos / 20% Aluguel de apartamentos / 5% Hospedagem domiciliar
Gasto médio por dia (em USD): 80 a 120 – 35% / 130 a 190 – 40% / 200 a 250 – 20% / Mais de 250 – 5%
Outras cidades visitadas durante a permanência no Brasil: 30% Búzios / 25% Porto de Galinhas / 20% Niterói / 15% Petrópolis / 10% Paraty / 5% Salvador
Portão de entrada no Brasil: 70% Rio de Janeiro / 20% Recife / 10% Salvador

luni, 14 decembrie 2009

O turbilhão da temática dos territórios: o ordenamento turístico como reivindicação do poder local

Há que encontrar o ponto de equilíbrio entre a orientação descendente concebida há 40 anos no quadro de um centralista Estado-nação e as fortíssimas pulsões regionais e locais de sentido ascendente.
A circunstância de as atenções nos últimos cinquenta anos se terem concentrado nas políticas de transportes, habitação, serviços públicos e desenvolvimento económico explica, de algum modo, o carácter recente das políticas públicas de ordenamento do território turístico.
A tomada de consciência do incontornável papel desta actividade só ocorre depois dos anos noventa quando se torna a primeira actividade mundial de serviços, aproximando-se das indústrias petrolífera e automóvel. Com efeito, apesar da actividade turística representar a nível mundial mais de 10% do PIB, 8% do emprego e 12% das exportações, não tem sido adequadamente reconhecida a sua importância.
Por outro lado, o carácter recente das políticas de ordenamento do território turístico entronca no despertar do regionalismo turístico, da repartição de competências entre o poder central e o regional, designadamente no que toca à organização da actividade e ao urbanismo turístico.
O poder local passa a investir no turismo como um novo e promissor campo de intervenção económica e de ordenamento do espaço urbano e rural, verificando-se concomitantemente uma irreversível interacção entre o turismo e o desenvolvimento sustentável e o ordenamento do território.
Por seu turno, as populações libertaram-se da espartilhante concepção clássica do ordenamento turístico e a, evolução para modelos de descentralização e de regionalização (Espanha, Itália e França) dão ao poder local um novo estatuto, ocorrendo a fragmentação da acção pública em que diversas formas de governação optam pela contratualização de projectos e operações.
O modelo europeu de acção pública foi durante muito tempo prescritivo, centralizador e pouco pluralista e, só muito recentemente e, de uma forma gradual, a intervenção dos poderes públicos foi negociada à escala dos territórios, dos actores e das populações locais.
O centralismo perde o exclusivo da representação do interesse geral com o advento do mecanismo do contrato que coloca o poder local no mesmo plano que o do Estado-nação.
O contrato inicia, numa primeira fase, a descentralização francesa (1981) e a espanhola (1985) criando mecanismos - há muito conhecidos de países do norte da Europa e da Itália - para a formulação de acordos colectivos em torno de projectos locais.
A intervenção turística marca particularmente bem esta deslocação progressiva nos últimos 30 anos, de um movimento de ordenamento descendente (top-down) concebido em torno de uma organização espacial do território nacional e do seu zonamento funcionalista para ter em conta reivindicações ou iniciativas ascendentes (bottom-up).
A participação das populações torna-se um dos princípios estruturantes do ordenamento turístico, convocando diferentes públicos, retirando o monopólio da actuação a políticos e elites administrativas, fazendo intervir um número crescente de especialistas e líderes de opinião, enriquecendo o iter decisório e obtendo consensos mais alargados.

Carlos Torres, Jornal Planeamento e Cidades n.º 19, Novembro-Dezembro 2009, pág. 28

vineri, 11 decembrie 2009

As alterações climáticas e os seus efeitos no turismo


Numa projecção a cerca de 60 anos, a região do Mediterrâneo, que capta actualmente 120 milhões de turistas do norte da Europa – o maior fluxo internacional de turistas ao nível mundial – e que detém o maior índice de clima para o turismo (excelente: 80-100) perde dois escalões (muito bom e bom), situando-se no aceitável (40-60), ou seja, o escalão logo a seguir ao desfavorável (0-40).
Os países do norte da Europa terão os índices mais favoráveis (excelente e muito bom) convertendo-se de grandes mercados emissores de turismo em destinos turísticos de excelência, reforçando fortemente a vertente do mercado interno e cessando os fluxos turísticos do norte para o sul.
A Cimeira de Copenhaga constitui um bom pretexto para reflectir sobre as alterações climáticas e os seus efeitos na actividade económica do turismo, uma matéria incontornável tanto no planeamento como no marketing turísticos. Ed Miliband, secretário britânico para a energia e alterações climáticas fez, pela primeira vez, um atendimento directo, por telefone, aos cidadãos interessados nas negociações de Copenhaga, bastando a prévia inscrição no site. Um bom exemplo a seguir pelos nossos governantes em matéria de proximidade com os cidadãos.
No presente artigo, centro-me num estudo recentemente divulgado: Impacts of Europe’s changing climate – 2008 indicator-based assessment. Trata-se do relatório final do projecto PESETA (Projection of economic impacts of climate change in sectors of the European Union based on bottom-up analysis) que faz uma avaliação anual dos impactos económicos na Europa decorrentes das alterações climáticas na agricultura, subidas das águas dos rios, sistemas costeiros e turismo, modelo que não atende às políticas de adaptação.
Apesar de o clima influenciar fortemente o sector do turismo e constituir nalgumas regiões um dos principais recursos naturais em que a actividade assenta – por exemplo destinos de sol e praia ou desportos de inverno pouco se tem atendido às implicações das alterações climáticas, sobretudo a médio e longo prazo, bem como às inerentes alterações das relações de concorrência entre destinos turísticos. As zonas costeiras e as montanhas constituem precisamente os territórios turísticos mais vulneráveis às alterações climáticas.
Constata-se, nos últimos cinquenta anos, uma íntima ligação do modelo do turismo de massas com o clima, quer na origem dos turistas (mercados emissores), quer nos destinos turísticos. Nesse período, os fluxos turísticos têm predominado de norte para o sul da Europa, durante o Verão, em direcção às zonas costeiras, sendo expectável que a indústria do turismo continue a crescer mercê do binómio aumento do rendimento e mais tempo para o lazer. No entanto, a sazonalidade constitui uma das questões mais críticas do turismo.
Temos, assim, três ordens de questões-chave suscitadas pelo estudo:
1) O impacto sobre a atractividade de muitos dos principais resorts do Mediterrâneo, enquanto melhoram as condições de outras regiões.
2) A menor atractividade para os turistas durante os meses de Verão e um aumento das condições na Primavera e no Outono, o que pode introduzir importantes mudanças nos fluxos turísticos da UE. Para regiões onde o turismo pesa na economia, como é o caso do Algarve, a diversificação económica poderá não compensar as perdas. Em todo o caso, o turismo deverá suportar significativos custos de adaptação.
3) As medidas de adaptação devem atender aos factores sócio-económicos e de sustentabilidade, tendo em conta os impactes ambientais e devem ser periodicamente avaliadas.
Como flui do estudo, é bastante provável que o aumento da temperatura tenha influência na escolha dos destinos de verão (e provavelmente doutra estação) na Europa, registando-se as maiores taxas de crescimento no norte da Europa aliadas ao robustecimento do turismo interno.
As actividades de ar livre tornar-se-ão mais atractivas no norte da Europa enquanto as maiores temperaturas e ondas de calor na região mediterrânica aliadas à falta de água coincidindo com os períodos de maior afluência de turistas poderão conduzir a utilizações fora do pico do Verão actual.
Um dos factores que poderá atenuar as perdas será a flexibilidade dos turistas, decorrente do envelhecimento da população e da consequente disponibilidade para viajar fora das épocas mais procuradas, ou seja, do pico do Verão. A flexibilidade também poderá decorrer da alteração das férias escolares.
Há também que considerar o impacto das mudanças climáticas nos desportos de inverno, uma indústria europeia que atrai milhões de turistas todos os anos e que gera receitas na ordem de €50 biliões anuais. Um estudo projecta para Áustria, França, Alemanha, Itália e Suíça a redução de áreas esquiáveis de 600 a 500 se as temperaturas aumentarem 1,2°C, para 400, se a temperatura subir até 2°C, e para 200 se o incremento for de 4°C.

Nota Final: Grande dificuldade sentida ultimamente pelos nossos responsáveis políticos em matéria de slogans das campanhas de turismo. Depois do Portugal Maior – slogan da campanha presidencial de Cavaco Silva adoptado no turismo interno – é agora a vez do Leve Lisboa no Coração se inspirar no centenário e imortal Leve Colares no Coração. Como se não bastasse, a jovem que apela ao paraíso Lisboa, surge-nos de gabardine, vestuário que nos faz lembrar chuva, mau tempo, etc. Recentemente os americanos David Weaver e Laura Lawton identificaram o conceito de demarketing, através do qual se pretende reduzir a procura em determinados locais turísticos que estão a atingir a saturação ou de elevada sensibilidade ambiental. Quer-me parecer que, nos últimos anos, o turismo português tem sido prodigioso em demarkteers....

Carlos Torres, Publituris nº 1099, de 11 de Dezembro de 2009, pág. 4.

joi, 10 decembrie 2009

"'Pizza Napoletana' registada como Especialidade Tradicional Garantia"

Hoje, a Sala de Imprensa da U.E. informou que "Na quarta-feira os Estados-Membros apoiaram a proposta de registar 'Pizza Napoletana' como uma 'Especialidade Tradicional Garantida', no quadro do esquema europeu de rotulagem da qualidade. Daqui resulta que os produtores que desejarem utilizar o rótulo europeu 'ETG' nas suas pizzas deverão seguir as especificações precisas constantes do regulamento. 'Especialidade Tradicional Garantida' significa um produto agrícola ou alimentar com, pelo menos, 25 anos de presença no mercado da UE e reconhecido pela UE devido ao seu carácter específico. Este registo não impedirá os outros produtores de utilizar o nome 'Pizza Napoletana', mesmo que não sigam as especificações aprovadas n quarta-feira. Porém, os produtores que elaborem pizzas seguindo uma outra receita não serão autorizados a utilizar o rótulo 'ETG'. Este regulamento será formalmente adoptado pela Comissão nas próximas semanas." (A imagem e as hiperconexão foram acrescentadas)

miercuri, 9 decembrie 2009

marți, 8 decembrie 2009

"Aviação compromete-se reduzir emissões de CO2 metade até 2050"

O Diário Digital acaba de noticiar que "O sector da aviação comprometeu-se a reduzir as emissões poluentes em 50 por cento até 2050, através da utilização de aviões com menor consumo e uma maior aposta nos biocombustíveis, anunciou hoje a Associação Internacional de Transporte Aéreo.
Num comunicado divulgado durante o segundo dia de trabalhos da cimeira da ONU sobre alterações climáticas, que decorre em Copenhaga, a Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA) anunciou que as companhias aéreas estão a investir mais de 1,5 mil milhões de dólares em novos aviões para reduzir, até 2020, as emissões de dióxido de carbono (CO2) geradas pelo sector.
O sector aéreo prevê também realizar uma maior aposta na utilização de biocombustíveis para abastecer os voos comerciais, possibilidade que já está a ser testada por cinco companhias aéreas, para reduzir as emissões poluentes em até 80 por cento. A IATA adiantou que estes testes deverão estar concluídos em 2011.
De moda a conseguir um corte das emissões de CO2 até 2050, a estratégia da IATA passa também por apostar em aviões mais eficientes em termo de consumo, refere o comunicado ." (As hiperconexões foram acrescentadas)

Em Portugal, "Bares reclamam cadastro do cliente"

No Jornal de Notícias de hoje, Carla Soares dá conta que "Ano e meio após ter manifestado apoio a um mecanismo de sanção do cliente desordeiro, o ministro da Administração Interna não avançou com a medida. A Associação de Bares da Zona Histórica do Porto quer discutir o assunto em nova reunião.
Ontem, António Fonseca, presidente daquela associação, escreveu ao ministro Rui Pereira solicitando-lhe um encontro para breve. Em causa está a criação de uma espécie de 'lista negra' ou cadastro do cliente que continua por concretizar, apesar das promessas do governante de que iria estudar a melhor solução.
Uma vez que Rui Pereira continua no Executivo, António Fonseca considera que é mais uma razão para reclamar que faça um ponto da situação, até porque, alerta o representante dos estabelecimentos de diversão nocturna, 'os incidentes repetem-se, não só no Porto, mas em todo o país'."
Este artigo pode ser lido em texto integral.

duminică, 29 noiembrie 2009

"Há cada vez mais queixas contra fraudes no timeshare"

Como denuncia Fernando Basto no Jornal de Notícias de hoje, "O convite para uma semana de férias em Marbella, Espanha, acabou, recentemente, por ser mais uma dor de cabeça para muitos portugueses, apanhados nas malhas do timeshare. São cada vez mais os consumidores lesados este ano.
O Centro Europeu do Consumidor lançou, recentemente, mais um alerta sobre práticas lesivas aos direitos dos consumidores praticado em Marbelha, Espanha, relacionado com a venda de timeshare." (A hiperconexão foi acrescentada)
Este artigo pode ser lido na íntegra.

sâmbătă, 28 noiembrie 2009

"Reclamações ao provedor do cliente das agências de viagens caem quase dez por cento"

No Público, a jornalista Ana Rute Silva dá conta que "Pela primeira vez desde 2003, ano em que foi criado o Provedor do Cliente das Agências de Viagens, as reclamações caíram quase dez por cento este ano. As quebras no turismo são apontadas como uma das possíveis razões para a descida, que inverte a tendência dos últimos seis anos.
As más condições de alojamento e transporte, atrasos no voo, cancelamento de viagens pelo cliente, alterações ao programa comprado ou do hotel previsto, foram os principais motivos das queixas, revelou hoje Vera Jardim, o Provedor do Cliente das Agências de Viagens, à margem do 35º congresso da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT), em Vilamoura.
As queixas por cancelamento de viagens tiveram um aumento 'significativo', de 10, 15 por cento (68 queixas no total).
Entre Janeiro e 18 de Novembro foram feitas 787 reclamações. No ano passado foram contabilizadas 983." (As hiperconexões foram acrescentadas)

vineri, 27 noiembrie 2009

"Comissão actualiza lista de companhias aéreas proibidas de realizar voos no espaço aéreo da União Europeia"

A Sala de Imprensa da U.E. relata que "A Comissão Europeia publicou hoje a 12.ª actualização da lista comunitária de companhias aéreas proibidas de operar na União Europeia, a qual passa a incluir transportadoras de três novos países, atendendo às deficiências de segurança detectadas no âmbito de auditorias. Com esta actualização, é levantada a proibição imposta a três transportadoras aéreas e autorizada a retoma das operações de uma outra, na condição de apresentar melhorias satisfatórias em matéria de segurança.
'Não podemos aceitar compromissos no que respeita à segurança da aviação. Os cidadãos têm o direito de dispor de transportes aéreos seguros na Europa e em qualquer parte do mundo', declarou o Vice-Presidente da Comissão, Antonio Tajani. 'Não se trata apenas de estabelecer uma lista de companhias aéreas perigosas. Estamos dispostos a ajudar estes países a aumentarem a sua capacidade técnica e administrativa, a fim de garantir a segurança da sua aviação civil. Vamos intensificar a cooperação com a Organização da Aviação Civil Internacional, de modo a assegurar uma melhor coordenação de esforços e prestar assistência nas áreas onde é mais necessário. Contudo, não podemos permitir que as companhias aéreas continuem a efectuar voos enquanto não cumprirem as normas de segurança internacionais. Tal põe em perigo todos aqueles que, por desconhecimento, poderão embarcar num avião sem condições de segurança. Daí a necessidade de criar a lista.
A nova lista, que substitui a anterior, pode desde já ser consultada no sítio Internet da Comissão."

Este Comunicado foi, também, distribuído na íntegra nas Línguas Portuguesa e Espanhola.

joi, 26 noiembrie 2009

"Consumidores: UE tenciona alargar a protecção em viagens de férias"

A Sala de Imprensa da U.E. acaba de dar conta que "Os milhões de viajantes que reservam pacotes de férias que combinam voos, hotéis, aluguer de automóvel, etc., na Internet ou nas agências de viagens vão poder beneficiar de uma maior protecção financeira se as coisas correrem mal, segundo os planos apresentados hoje para consulta pela Comissão Europeia. A Comissão lançou uma consulta sobre o alargamento da cobertura mínima garantida pela directiva europeia de 1990 relativa às viagens organizadas - em matéria de informações, responsabilidade por serviços de qualidade insuficiente e protecção contra a insolvência - à próxima geração de 'pacotes dinâmicos', em que os consumidores concebem os seus próprios pacotes, frequentemente em linha, através de um sítio Web ou de diferentes sítios Web associados. 23% dos consumidores na UE, e mais de 40% em países como a Irlanda e a Suécia, fazem reservas de 'pacotes dinâmicos', muitos dos quais não são actualmente regidos pelas normas de protecção da UE (67% pensam erradamente que estão protegidos). No seguimento da recente série de insolvências de companhias aéreas, considera-se igualmente a possibilidade de alargar a protecção mínima dos consumidores contra a insolvência a todos os pacotes, sejam eles dinâmicos ou não, incluindo aos bilhetes de avião reservados separadamente.
Meglena Kuneva, Comissária responsável pela Defesa do Consumidor, declarou: 'Precisamos de uma protecção sólida que dê a devida paz de espírito a todos os consumidores que reservam pacotes de férias e devemos assegurar condições de concorrência equitativas para que as empresas possam competir em igualdade de circunstâncias. Estou especialmente preocupada com a questão da insolvência. Qualquer um que tenha visto as imagens na televisão de milhares de turistas retidos nos aeroportos após a insolvência da Sky Europe, da XL, da Futura e da Zoom sabe que é este o momento certo para fazer perguntas difíceis quanto ao alargamento da protecção mínima contra a insolvência a todos os consumidores'."

Este Comunicado foi, também, distribuído na íntegra nas Línguas Portuguesa e Espanhola.

miercuri, 25 noiembrie 2009

"Portugal vai promover fórum sobre aspectos de supervisão do sector aéreo"

Como adianta o Turisver, "Portugal, através do INAC, vai promover, no primeiro semestre do próximo ano, a realização de um fórum sobre aspectos de certificação, licenciamento e outros, associados à supervisão do sector. Esta uma das conclusões do 2º Fórum da Comunidade das Autoridades da Aviação Civil Lusófonas (CAACL) que decorreu em Luanda no passado dia 17 e em que o INAC esteve presente.
'Pela cooperação em prol da segurança da aviação civil' foi o tema a que se subordinou o Fórum realizado em Luanda, que contou com a presença de representantes das Autoridades de Aviação Civil de Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe, Timor-Leste e Portugal.
Entre as conclusões, figurou a realização de um Fórum em Portugal no primeiro semestre de 2010, e outro em Cabo Verde, no segundo semestre do próximo ano, neste caso sobre facilitação e a segurança da aviação civil contra actos de interferência ilícita.
O Fórum de Luanda concluiu igualmente da necessidade de os estados membro cooperarem 'de forma multilateral sobre as diferentes formas de regulação do sector, nomeadamente nas áreas de safety e security, sem prejuízo da cooperação bilateral', ao mesmo tempo que as Autoridades Aeronáuticas da CAACL deverão 'concertar previamente as suas posições face aos principais eventos das organizações internacionais da aviação civil, sobretudo da ICAO'. Da mesma forma, 'sempre que uma Autoridade promova e organize uma acção de formação relevante, compromete-se a oferecer às restantes Autoridades a possibilidade de indicarem participantes'.
De acordo com uma nota informativa emanada do INAC, foram propostos outros temas para reflexão dos participantes no encontro, 'nomeadamente sobre a celebração de um acordo multilateral de serviços aéreos para a CAACL e a criação de um centro de formação/escola de aviação da CAACL'." (As hiperconexões foram acrescentadas)

Conferência em Faro (Portugal)

No próximo dia 27 de Novembro, pelas 16 horas, realiza-se no Café Doglioni (Rua Lethes, 32) em Faro uma conferência subordinada ao tema "Gestão de Territórios e Itinerários Turísticos no Algarve".

Promovida pela CCDRAlgarve, com a colaboração do Jornal "OAlgarve" e da "Digital TV" enquanto media partners, a conferência pretende debater e discutir matérias de especial relevo e interesse para o planeamento e desenvolvimento turístico do Algarve. Conta como palestrante o Profº Doutor Virgílio Miguel Machado, Doutor em Turismo na Universidade do Algarve e colaborador do Lex Turistica Nova!

Se puder, compareça! Vai valer a pena!

vineri, 20 noiembrie 2009

"Tribunal Europeu decide direito dos passageiros a serem compensados por atrasos de voos"

A PressTur noticia que "O Tribunal de Justiça da União [Comunidade...] Europeia ditou esta quinta-feira, que os passageiros que sejam afectados por atrasos de voos superiores a três horas têm direito a uma compensação pelas companhias aéreas, a menos que a causa se deva a circunstâncias extraordinárias.
'Os passageiros de um voo cancelado em cima da hora têm o direito a compensação, mesmo se forem direccionados para outro voo ou companhia, se perderem três horas ou mais em relação ao planeado originalmente' diz a normativa que acrescenta que os passageiros afectados por voos atrasados em mais de três não devem ser tratados de forma diferente.
A normativa comunitária diz que em caso de cancelamento os passageiros têm direito de 250 a 600 euros de compensação, dependendo da distância do voo, mas não reconhece expressamente o direito a indemnização aos passageiros de voos atrasados.
A sentença do tribunal europeu respondeu a questões colocadas pela justiça alemã e austríaca que devem pronunciar-se sobre recursos colocados por passageiros da Condor e Air France que reclamam a compensação prevista para cancelamentos porque sofreram atrasos de 25 e 22 horas nos voos. O tribunal europeu diz que os passageiros afectados nestes voos sofreram um prejuízo análogo aos dos passageiros de voos cancelados.
A sentença do tribunal dita ainda que os atrasos não dão direito a compensações se forem devidos a circunstâncias extraordinárias que fogem ao seu controlo efectivo e que não podiam ter sido evitadas, mesmo se tivessem sido tomadas todas as medidas, pelo que um problema técnico num avião não está inserido nessas circunstâncias a menos que seja provada sabotagem." (As hiperconexões foram acrescentadas)

joi, 19 noiembrie 2009

"Leitão assado regressa à confecção tradicional"

Como dá conta o Opção Turismo, em Portugal, "O Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas publicou em Diário da República, um despacho que permite a utilização de técnicas tradicionais na confecção do leitão assado [Despacho n.º 25034/2009, de 16 de Novembro].
O despacho, que entra em vigor terça-feira, estabelece as derrogações ao disposto nos regulamentos comunitários relativos às normas de higiene [Regulamentos (CE) n.º 852/2004, relativo à higiene dos géneros alimentícios, n.º 853/2004, relativo às regras específicas de higiene aplicáveis aos géneros alimentícios de origem animal, e nº 854/2004, relativo às regras específicas de organização dos controlos oficiais de produtos de origem animal destinados ao consumo humano, todos de de 29 de Abril de 2004], salientando que 'a utilização dos modos tradicionais de preparação do leitão não comprometem a concretização dos objectivos daqueles diplomas'.
A aplicação das derrogações previstas no despacho depende da decisão do médico veterinário inspector sanitário oficial, 'atendendo em especial ao resultado da inspecção 'ante mortem' e a qualquer outra informação pertinente'."

duminică, 15 noiembrie 2009

"Perda de clientela e dupla face da lei justificam fim da proibição de fumar em cafés"

O Público de hoje relata que "A perda de clientela e a dupla face da lei são as principais razões apontadas por proprietários de cafés para voltarem a permitir o tabaco em locais onde há quase dois anos, com a nova lei, o fumo tinha sido proibido.
A situação tem sido denunciada por José Calheiros, presidente da Sociedade Portuguesa de Tabacologia, para quem há 'um retrocesso' na lei do tabaco, com cada vez mais espaços para fumadores, o que atribui a falhas na legislação, que 'leva mais em conta interesses da tabaqueira do que os da saúde'. Entre as falhas, José Calheiros destaca a possibilidade de alguns espaços fechados optarem por serem livres de fumo ou permitirem o tabaco." (As hiperconexões foram acrescentadas)
Esta notícia está acessível em texto integral.

vineri, 13 noiembrie 2009

Em Moçambique, 'Scanner's' abrangem todos os bens e terminais"

Segundo o Notícias de hoje, em Moçambique, "A inspecção não intrusiva (por mecanismos electrónicos), vulgarmente conhecida por 'scanners', passa a abranger todos os bens e terminais de passageiros e carga, em consonância com a necessidade de acautelar aspectos de segurança. Para o efeito, o Governo aprovou ontem a adequação e uso daqueles dispositivos à realidade actual.
O uso destes meios foi inicialmente aprovado por decreto do Conselho de Ministros em Abril de 2006 e a partir de ontem é ampliado o fim e o espaço de abrangência do uso destes equipamentos.
De acordo com informações prestadas à Imprensa pela Vice-ministra da Saúde, na qualidade de porta-voz do Governo, o dispositivo ontem aprovado pelo Governo permite que a visualização seja feita através dos mais diversificados meios em uso a nível global.
Dentre estes mecanismos se incluem os portais de radiação, os detectores de metais e drogas, de líquidos perigosos, câmaras de controlo televisivo, entre outros que facilitem processos de verificação, enriquecendo as medidas de segurança portuária, aeroportuária, rodoviária e ferroviária.
Na mesma sessão, o Conselho de Ministros aprovou a taxa de segurança aeroportuária que estabelece um valor a pagar na prestação de serviços no processo de introdução de tecnologias e equipamentos apropriados de inspecção não intrusiva, de acordo com as normas internacionais dos sistemas de segurança."
Este artigo pode ser lido em texto integral.

A Economia do Turismo

Uma revisão do PENT – exprime a noção de cinco – será de ponderar a curto prazo. Isto porquanto os seus grandes objectivos fixados para 2015 – 15% do emprego e 15% do PIB – parecem irrealizáveis. Estranho a anormal coincidência de cincos, até parecendo que o número fetiche de Coco Chanel terá inspirado o estruturante plano estratégico, sobrepondo-se a qualquer lógica científica.

1) PLANO MUNDIAL

Como nota Georges CAZES (1998), no final do século XX, a totalidade das regiões e das populações mundiais está exposta ao fenómeno turístico. O turismo constitui actualmente a maior actividade mundial de serviços, aproximando-se da indústria petrolífera e automóvel.

Os anos cinquenta e sessenta do século XX marcam a viragem do turismo para um fenómeno massificado e global, contrastando com o elitismo e o carácter confinado, em termos geográficos, que até então o dominava. Em 1957 duplicava para 50 milhões de turistas o número com que se iniciara a década e em 1967 ultrapassava-se os 125 milhões. No início dos anos noventa ronda os 500 milhões para em 2007 perfazer 903 milhões.

Este exponencial crescimento da actividade económica do turismo nos últimos cinquenta anos constitui um fenómeno à escala global que remonta ao fim do segundo conflito mundial, momento a partir do qual um número considerável de cidadãos passa a desfrutar de tempo e rendimento para viajar, efeito resultante da aquisição do direito a férias pagas, progressivamente reconhecido nas economias europeias em recuperação e que está na origem do surgimento do turismo de massas.

Segundo o World Travel and Tourism Council (WTTC) a actividade turística representa, a nível mundial, mais de 10% do PIB, 8% do emprego e 12% das exportações. O emprego no sector do turismo revela uma importante característica – não é deslocalizável – diferenciando-o, assim, de outras importantes actividades económicas com as quais compete a nível mundial, sobretudo da indústria automóvel.

Tratando-se de um conjunto de actividades produtivas, na qual predominam os serviços, alguns autores apontam-lhe uma interdependência económica estrutural em maior grau e intensidade do que a revelada por qualquer outra actividade produtiva.

Uma das causas deste extraordinário sucesso reside nos progressos registados ao nível dos transportes. Um dos maiores entraves ao seu desenvolvimento decorre dos progressivos condicionamentos impostos pelo terrorismo internacional.

2) EUROPA

Os serviços de turismo e viagens contribuem directamente para o PIB da União Europeia em aproximadamente 4% – no limiar mínimo, 2% nos novos Estados membros até um máximo de 12% em Malta – representando mais de sete milhões de postos de trabalho.

Em termos de contribuição indirecta do turismo para o PIB, a percentagem é bem mais elevada: 10% do PIB da União Europeia. De igual modo, em termos de contribuição indirecta para o emprego é assaz significativa, aproximadamente 12% dos postos de trabalho. Dois milhões de empresas da União Europeia estão envolvidas no negócio do turismo, predominando neste significativo tecido empresarial as PME’s.

As previsões apontam para que a Europa continue a dominar, mantendo o estatuto de primeiro destino turístico mundial com 717 milhões de turistas, seguida da região Ásia Pacífico com 397 e as Américas com 282. Os dados adquirem um maior impacto quando nos deparamos com um incremento de quase 300 milhões de deslocações para o estrangeiro, apenas nos 20 anos anteriores, estimando-se que esse número cresça 10 vezes nos próximos cinquenta anos.

Como se nota no Parecer do CES (sessão de 10 de Julho, in JOUE C27/12 de 3.2.2009, ponto 3.1), apesar de todas as instituições europeias terem reconhecido o papel económico do turismo, a sua importância estratégica na economia europeia e a sua relevância social na construção da Europa dos cidadãos, há ainda muito a fazer para que esta actividade económica assuma esse papel central na política europeia.

O Tratado de Lisboa confere ao turismo um novo estatuto (Publituris nº 1028).

3) PORTUGAL

O turismo assume uma importância estratégica na economia portuguesa, gerando receitas significativas, um volume considerável de emprego – cerca de 10.2% da população activa – e revelando um conjunto de vantagens competitivas, em regra, não alcançáveis por outras actividades.

Em Portugal, tal como noutros países, a actividade turística tem atingido ritmos de crescimento nominal elevados que superam os da economia. Cada 5€ de receita turística geram cerca de 8,30€ de riqueza nacional. E um em cada dez trabalhadores está ligado à actividade turística.

Portugal ocupou em 2007 a 20ª posição do ranking mundial de chegadas de turistas internacionais, com uma quota de 1,4%, e a 27ª posição do ranking das receitas internacionais de Turismo com uma quota de 1,2%.

No plano da Europa, maior destino turístico mundial, Portugal situou-se no 12º lugar ao nível das chegadas de turistas internacionais, com uma quota de 2,5% e o 14º lugar nas receitas internacionais de turismo com uma quota de 2,3%.

O turismo é também um factor de equilíbrio das contas públicas, tendo as receitas turísticas um peso significativo na Balança Corrente – Serviços, da qual constituem inclusivamente a sua principal rubrica e o consumo turístico no país, que ultrapassou os 17 mil milhões de euros em 2007, o equivalente a 10,5% do PIB.

Somos um país fundamentalmente receptor, característica confirmada pelo maior peso do Consumo Turístico Receptor (52,3%) no total do consumo turístico e ainda pelo saldo positivo da Balança Turística.

Os nossos principais mercados emissores situam-se na Europa concentrando-se em cinco países que representam 68% das dormidas dos residentes no estrangeiro e 70% dos turistas, a saber: Espanha, Reino Unido, França, Alemanha e Holanda.

Verifica-se uma elevada concentração regional porquanto Algarve, Lisboa e Vale do Tejo e Madeira representam 77% das dormidas.

Nota final: A Oeste nada de novo, bem podia ser o título para a surpreendente (ou talvez não) recondução de Bernardo Trindade. À semelhança do romance de Erich Maria Remarque espero que esta estusiástica aventura para alguns não se transforme numa desilusão colectiva equivalente à do jovem Paul Baumer. É pena que o reforço da componente feminina ao nível ministerial que transformou o XVIII Governo num bom modelo ao nível europeu (contrastando com o anterior executivo, como procurei demonstrar no artigo Portugal Europe’s Women Challenge, Publituris nº 1064, 27 de Março de 2009) não se tenha estendido ao sector do turismo onde nunca uma mulher desempenhou, em 35 anos de regime democrático, as funções de Secretário de Estado do Turismo. Dito isto, como cumpre em Democracia, renovado estado de graça e votos de sucesso, uns bons pontos acima da anterior Legislatura.

Publituris de 13 de Novembro de 2009, pág.4