Cuba é talvez o melhor exemplo, de país que resolveu priorizar o turismo e sobretudo entender, que ele pode ser uma via de desenvolvimento, melhoria de qualidade da população e sobretudo desenvolvimento sustentável. Ao assumir o poder, Fidel Castro, apesar do bloqueio norte-americano conseguiu reverter uma das situações mais difíceis ao longo dos anos: conquistar novos mercados emissores, inclusive o Canadá e captar inúmeros investimentos internacionais,através de uma política de joint ventures e incentivos fiscais.
Da Cubatur, a primeira e durante muitos anos única agência do país, Cuba ganhou novas operadoras e hotéis de cadeias internacionais. A verdade é que no governo de partido único, o país evoluiu bastante nos campos da educação, saúde, lazer, trabalho mas pouco, no transporte e na habitação, sobretudo, para os cubanos.
A geração que viu Cuba se desenvolver, logo depois da queda de Baptista, teve inúmeros direitos fundamentais conquistados. Foi um olhar de dignidade sobre suas famílias e as futuras gerações. Entendeu que era preciso respeitar o turista, como melhor amigo do país e até abrir mão, da freqüência, de grandes produtos turísticos, como a encantadora Cayo Largo, voltada basicamente para o turismo internacional.
A democracia, se entendida como forma de acesso aos itens mais importantes da dignidade humana foi plenamente atendida mas os jovens começaram a sentir falta da liberdade. Sei que é muito difícil falar de liberdade com a barriga vazia, como ocorre em pseudo democracias clientelistas mas por outo lado, o contato quase diário com os turistas fez nascer uma vontade de pluripartidarismo e sobretudo novas formas de entender uma revolução, que com muito esforço havia levado o país ao fim de uma era de escuridão.
Começaram então a surgir as vozes da oposição, nem sempre bem entendidas pelo poder central, que as confudiu, com pseudo infiltrações norte-americanas. O que se viu aos longo dos últimos anos, foram lideranças que acordaram e começaram a mostrar ao mundo que era possível viver com as conquistas sociais e as liberdades de expressão, ir e vir, viajar e sobretudo ter a possibilidade de discutir algumas ações.
Ao deixar o poder, o grande estadista Fidel Castro vai permitir o começo de uma nova revolução silenciosa naquele país, já iniciada com as últimas assinaturas de acordos na ONU. A possibilidade dos cubanos viajarem, hoje extremamente reduzida vai ganhar uma nova forma de operação. Talvez seja o momento de observamos as mudanças que ocorreram, na China e permitiram que o país se traduzisse numa grande potência, onde conseguem conviver dois regimes...
A nova Cuba pode ser uma forma do mundo conhecer um socialismo avançado. No entanto, o turismo vai continuar sendo a grande bandeira de libertação do país e talvez aquela que tem permitido e vai permitir novas conquistas democráticas e socais.
Bayard Do Coutto Boiteux é diretor da Escola de Turismo e Hotelaria da UniverCidade e conferencista.(www.bayardboiteux.pro.br)
Da Cubatur, a primeira e durante muitos anos única agência do país, Cuba ganhou novas operadoras e hotéis de cadeias internacionais. A verdade é que no governo de partido único, o país evoluiu bastante nos campos da educação, saúde, lazer, trabalho mas pouco, no transporte e na habitação, sobretudo, para os cubanos.
A geração que viu Cuba se desenvolver, logo depois da queda de Baptista, teve inúmeros direitos fundamentais conquistados. Foi um olhar de dignidade sobre suas famílias e as futuras gerações. Entendeu que era preciso respeitar o turista, como melhor amigo do país e até abrir mão, da freqüência, de grandes produtos turísticos, como a encantadora Cayo Largo, voltada basicamente para o turismo internacional.
A democracia, se entendida como forma de acesso aos itens mais importantes da dignidade humana foi plenamente atendida mas os jovens começaram a sentir falta da liberdade. Sei que é muito difícil falar de liberdade com a barriga vazia, como ocorre em pseudo democracias clientelistas mas por outo lado, o contato quase diário com os turistas fez nascer uma vontade de pluripartidarismo e sobretudo novas formas de entender uma revolução, que com muito esforço havia levado o país ao fim de uma era de escuridão.
Começaram então a surgir as vozes da oposição, nem sempre bem entendidas pelo poder central, que as confudiu, com pseudo infiltrações norte-americanas. O que se viu aos longo dos últimos anos, foram lideranças que acordaram e começaram a mostrar ao mundo que era possível viver com as conquistas sociais e as liberdades de expressão, ir e vir, viajar e sobretudo ter a possibilidade de discutir algumas ações.
Ao deixar o poder, o grande estadista Fidel Castro vai permitir o começo de uma nova revolução silenciosa naquele país, já iniciada com as últimas assinaturas de acordos na ONU. A possibilidade dos cubanos viajarem, hoje extremamente reduzida vai ganhar uma nova forma de operação. Talvez seja o momento de observamos as mudanças que ocorreram, na China e permitiram que o país se traduzisse numa grande potência, onde conseguem conviver dois regimes...
A nova Cuba pode ser uma forma do mundo conhecer um socialismo avançado. No entanto, o turismo vai continuar sendo a grande bandeira de libertação do país e talvez aquela que tem permitido e vai permitir novas conquistas democráticas e socais.
Bayard Do Coutto Boiteux é diretor da Escola de Turismo e Hotelaria da UniverCidade e conferencista.(www.bayardboiteux.pro.br)