vineri, 3 august 2007

"Quarenta e nove passageiros pedem indemnização por 'danos psicológicos'"

Como relata a jornalista Vera Silva no Público de hoje, "Os quarenta e nove portugueses que se recusaram a fazer uma viagem entre Cancún (México) e Lisboa garantem que vão fazer 'os possíveis para serem indemnizados pelos danos económicos e psicológicos' causados, quer pela companhia aérea White, quer pelas operadoras de viagem Iberojet e Solplan. Tudo se passou a 23 de Julho, quando 350 passageiros, que se preparavam para fazer a viagem de regresso a Lisboa, foram informados de que o avião em que partiriam não estava a cem por cento e que o voo seria cancelado. Segundo uma das passageiras, Cláudia Silva, em poucos minutos ocorreu uma nova versão: o avião ia levantar porque não havia alojamento para todos. Uma comissária de bordo terá ainda informado que não existiria serviço de refeições e que o voo demoraria mais tempo do que o habitual. Razão: para além de haver um problema no sensor de temperatura, 'a altitude teria de ser mais baixa e a rota do voo alterada', devido à avaria não especificada, afirma Cláudia.
Quarenta e nove pessoas decidem não entrar no avião e, perante a recusa, foram alertados de que teriam de assumir os custos da estadia e do voo de regresso, sendo assim 'pressionados', segundo a turista, a viajarem. O avião, previsto para descolar às 18h40, partiu às 0h30, com os passageiros que não seguiram viagem a serem encaminhados para um hotel na Riviera Maia, pelas 3h00, por intermédio das operadoras de viagem Iberojet e Solplan. No dia seguinte, os passageiros terão sido coagidos a assinar um papel, no qual afirmavam que se tinham recusado a viajar no avião e que não reclamariam de mais nada junto das operadoras. O voo foi assegurado até Madrid. Regressaram de autocarro a Portugal, numa viagem cujo custo foi suportado por eles."