O presidente Luiz Inácio Lula da Silva já está em Nova Delhi iniciando sua visita de três dias à Índia. O primeiro compromisso oficial será esta noite, em jantar com o primeiro-ministro Manmohan Singh.
Amanhã, a extensa agenda presidencial terá uma homenagem a Mahatma Gandhi, e a abertura de um fórum de empresários para discutir alternativas de investimento do Brasil na Índia. Entre ações bilaterais, estão previstos acordos nas áreas espacial, econômica, cultural, turismo, educacional e alfandegária.
A Índia, com metade de extensão do Brasil e população quase cinco vezes maior, tem 1,1 bilhão de habitantes, a segunda maior população do planeta, e está entre os mercados considerados prioritários pelo governo brasileiro em uma das principais metas no comércio exterior. Com um PIB de R$ 785 bilhões e crescimento entre 7,5% e 8,5% ao ano, a Índia é a segunda economia que mais velozmente cresce no mundo, atrás apenas da China. O contingente de consumidores de classe média é maior do que a população brasileira – embora 250 milhões de pessoas vivam abaixo da linha da pobreza.Para intensificar as relações comerciais e quadruplicar o intercâmbio comercial até 2010, Brasil e Índia pretendem criar mecanismos e promover investimentos recíprocos, intensificar a troca de missões empresariais e diversificar a limitada pauta de exportações de ambos os lados.
A aproximação cultural é apresentada como um grande desafio, dentro deste atalho de conhecimento mutuo entre dois países do bloco dos emergentes. A co-produção cinematográfica com o aproveitamento da indústria estabelecida na Índia – a Bollywood, segunda maior área de produção mundial do setor – e investimentos no setor petrolífero já são pontos certos. O país asiático quer também atrair a Embraer para uma possível jointi-venture, pois a necessidade de 500 novos aviões nos próximos dois anos é uma necessidade reconhecida no desenvolvimento indiano.
No setor turístico – que segue paralalelo a todos os aumentos de intercâmbio – o aumento deverá ser gradativo. Dificuldades começam pela falta de vôo direto. Ainda não existe esta possibilidade. Os brasileiros ainda encontram outras mais em relação à tradição e modo de vida, apesar da atração do destino. São 18 idiomas oficiais (entre eles o inglês) e mais de uma centena de dialetos. Hábitos e alimentação são complicados, indicam a maioria dos 300 brasileiros que vivem no país. Na Índia não existe nenhum restaurante de comida com características da gastronomia brasileira. Do Brasil, conhecem muito pouco: o futebol e a Amazônia são as principais referências. Também é bastante reduzido o número de indianos que chegam ao Brasil como turistas. Mas, a hora é essa. “A Índia de hoje é a China de 15 anos atrás. Não poderemos hesitar”, comenta o embaixador José Vicente Pimentel. Sòmente em melhoria geral da infra-estrutura, a Índia pretende injetar US$ 350 bilhões até 2012.
Autor: Brasilturis / Data: 04/06/07
Amanhã, a extensa agenda presidencial terá uma homenagem a Mahatma Gandhi, e a abertura de um fórum de empresários para discutir alternativas de investimento do Brasil na Índia. Entre ações bilaterais, estão previstos acordos nas áreas espacial, econômica, cultural, turismo, educacional e alfandegária.
A Índia, com metade de extensão do Brasil e população quase cinco vezes maior, tem 1,1 bilhão de habitantes, a segunda maior população do planeta, e está entre os mercados considerados prioritários pelo governo brasileiro em uma das principais metas no comércio exterior. Com um PIB de R$ 785 bilhões e crescimento entre 7,5% e 8,5% ao ano, a Índia é a segunda economia que mais velozmente cresce no mundo, atrás apenas da China. O contingente de consumidores de classe média é maior do que a população brasileira – embora 250 milhões de pessoas vivam abaixo da linha da pobreza.Para intensificar as relações comerciais e quadruplicar o intercâmbio comercial até 2010, Brasil e Índia pretendem criar mecanismos e promover investimentos recíprocos, intensificar a troca de missões empresariais e diversificar a limitada pauta de exportações de ambos os lados.
A aproximação cultural é apresentada como um grande desafio, dentro deste atalho de conhecimento mutuo entre dois países do bloco dos emergentes. A co-produção cinematográfica com o aproveitamento da indústria estabelecida na Índia – a Bollywood, segunda maior área de produção mundial do setor – e investimentos no setor petrolífero já são pontos certos. O país asiático quer também atrair a Embraer para uma possível jointi-venture, pois a necessidade de 500 novos aviões nos próximos dois anos é uma necessidade reconhecida no desenvolvimento indiano.
No setor turístico – que segue paralalelo a todos os aumentos de intercâmbio – o aumento deverá ser gradativo. Dificuldades começam pela falta de vôo direto. Ainda não existe esta possibilidade. Os brasileiros ainda encontram outras mais em relação à tradição e modo de vida, apesar da atração do destino. São 18 idiomas oficiais (entre eles o inglês) e mais de uma centena de dialetos. Hábitos e alimentação são complicados, indicam a maioria dos 300 brasileiros que vivem no país. Na Índia não existe nenhum restaurante de comida com características da gastronomia brasileira. Do Brasil, conhecem muito pouco: o futebol e a Amazônia são as principais referências. Também é bastante reduzido o número de indianos que chegam ao Brasil como turistas. Mas, a hora é essa. “A Índia de hoje é a China de 15 anos atrás. Não poderemos hesitar”, comenta o embaixador José Vicente Pimentel. Sòmente em melhoria geral da infra-estrutura, a Índia pretende injetar US$ 350 bilhões até 2012.
Autor: Brasilturis / Data: 04/06/07