"O ministro Nelson Jobim descartou ontem a possibilidade de privatização da INFRAERO, a estatal que administra os principais aeroportos brasileiros. Para Jobim, o controle do capital da empresa pela União é uma questão estratégica." Ele observou que muitos dos investimentos necessários no setor não têm rentabilidade, e que por isso entende que o Estado é que deve assumir essa responsabilidade - Quando você aporta capital da União para a Infraero ampliar aeroportos, como na Amazônia, sabemos que são investimentos absolutamente necessários, mas não trazem rentabilidade ao Capital investido - disse o Ministro. Segundo o Presidente da Infraero, Sergio Gaudenzi, o BNDES está fazendo estudos que têm a Petrobrás como modelo, ou seja, o Governo quer uma Companhia com ações em bolsas e controle acionário da União. Para Gaudenzi, a abertura de capital da Infraero deve demorar de dois a três anos. Ele afirmou ainda que privatizar é complicado, porque só alguns aeroportos são rentáveis outros não, que manter o controle da Infraero é questão estratégica e que o atual modelo de autarquia da Infraero está esgotado. A empresa administra 67 aeroportos, dos quais apenas 12 são rentáveis e 55 precisam de ajuda do governo.
Fonte: Jornal impresso "O Estado de São Paulo" (texto de Tânia Monteiro, com adaptações, caderno B17 - links acrescentados)
Fonte: Jornal impresso "O Estado de São Paulo" (texto de Tânia Monteiro, com adaptações, caderno B17 - links acrescentados)