Por Carlos Padeiro, em São Paulo
Especialistas e autoridades nas áreas de engenharia e arquitetura se reuniram na tarde desta terça-feira, em São Paulo, para discutir como deve ser a preparação do país para receber a Copa do Mundo de 2014, e o consenso foi o seguinte: o Brasil já está atrasado.
Segundo o presidente nacional do Sinaenco (Sindicato da Arquitetura e da Engenharia), José Roberto Bernasconi, as cidades candidatas a receberem os jogos do Mundial sequer têm estádios em conformidade com as exigências da Fifa, quanto mais infra-estrutura para acomodar os torcedores. "Nem o Engenhão, que é novo e foi construído para o Pan de 2007, está em situação perfeita. É uma pérola no meio de um lugar de péssima qualidade", observou Bernasconi. Ele teme que o país desperdice mais uma oportunidade de investimentos em infra-estrutura. "Não podemos repetir o erro cometido no Pan, quando ocorreu atraso nas obras, mais gastos do que o previsto e não melhorou a cidade. O governo perdeu a oportunidade de passar o Rio de Janeiro a limpo.
"O presidente da São Paulo Turismo, Caio Luiz de Carvalho, que afirmou ser o representante da prefeitura e do governo em São Paulo, endossou o discurso. "Estamos atrasados, mas ainda há tempo. A Copa do Mundo é um diferencial que contamina o país inteiro, diferentemente do Pan, da Fórmula 1 e das Olimpíadas, que são realizados em apenas uma cidade. Por isso é importante o governo federal e os ministérios se planejarem". Carvalho destacou os benefícios financeiros que o Brasil vai ter com a realização do Mundial e usou como parâmetro a Copa do Mundo de 2006, disputada na Alemanha. Segundo o presidente da SP Turismo, foram 18 milhões de espectadores no país europeu. "Se tivermos 15 milhões de visitantes e considerarmos que cada um vai gastar US$ 1,5 mil, dá para ter uma idéia de quanto a economia brasileira vai ganhar." "Trata-se da promoção do país, um sinônimo de oportunidade que pode mudar muita coisa na história. Não só em estádios, mas em educação, infra-estrutura, agenda ambiental... O Rio tentou no Pan e não conseguiu porque se pautou de forma errada", finalizou Carvalho.
Convidado para o debate, o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira, não compareceu ao evento.
Especialistas e autoridades nas áreas de engenharia e arquitetura se reuniram na tarde desta terça-feira, em São Paulo, para discutir como deve ser a preparação do país para receber a Copa do Mundo de 2014, e o consenso foi o seguinte: o Brasil já está atrasado.
Segundo o presidente nacional do Sinaenco (Sindicato da Arquitetura e da Engenharia), José Roberto Bernasconi, as cidades candidatas a receberem os jogos do Mundial sequer têm estádios em conformidade com as exigências da Fifa, quanto mais infra-estrutura para acomodar os torcedores. "Nem o Engenhão, que é novo e foi construído para o Pan de 2007, está em situação perfeita. É uma pérola no meio de um lugar de péssima qualidade", observou Bernasconi. Ele teme que o país desperdice mais uma oportunidade de investimentos em infra-estrutura. "Não podemos repetir o erro cometido no Pan, quando ocorreu atraso nas obras, mais gastos do que o previsto e não melhorou a cidade. O governo perdeu a oportunidade de passar o Rio de Janeiro a limpo.
"O presidente da São Paulo Turismo, Caio Luiz de Carvalho, que afirmou ser o representante da prefeitura e do governo em São Paulo, endossou o discurso. "Estamos atrasados, mas ainda há tempo. A Copa do Mundo é um diferencial que contamina o país inteiro, diferentemente do Pan, da Fórmula 1 e das Olimpíadas, que são realizados em apenas uma cidade. Por isso é importante o governo federal e os ministérios se planejarem". Carvalho destacou os benefícios financeiros que o Brasil vai ter com a realização do Mundial e usou como parâmetro a Copa do Mundo de 2006, disputada na Alemanha. Segundo o presidente da SP Turismo, foram 18 milhões de espectadores no país europeu. "Se tivermos 15 milhões de visitantes e considerarmos que cada um vai gastar US$ 1,5 mil, dá para ter uma idéia de quanto a economia brasileira vai ganhar." "Trata-se da promoção do país, um sinônimo de oportunidade que pode mudar muita coisa na história. Não só em estádios, mas em educação, infra-estrutura, agenda ambiental... O Rio tentou no Pan e não conseguiu porque se pautou de forma errada", finalizou Carvalho.
Convidado para o debate, o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira, não compareceu ao evento.