No Diário de Notícias de hoje, Miguel Carvalho Marques, Gestor e Docente da Faculdade de Ciências Económicas e Empresariais da Universidade Católica Portuguesa, publica um interessante artigo de opinião, em adianta o seguinte: "Acabo de participar num encontro internacional sobre a temática dos resorts. Foram abordados temas transversais a todos os principais mercados e destinos turísticos centrados em estruturas imobiliárias vocacionadas essencialmente para servirem de segunda residência, como sejam as questões de impacto ambiental e ordenamento do território, a modelação financeira de projectos de base comunitária (no caso, resorts de neve), as melhores práticas de comercialização internacional destes produtos, etc.
Dessa experiência retiro duas grandes lições para o que nos toca a nós, Portugal. Em primeiro lugar, resulta que os maiores problemas e limitações ligadas ao excesso de burocracia e ao emaranhado da legislação que se colocam em Portugal no campo da promoção de resorts ocorrem com grande similitude na maioria dos restantes destinos europeus e norte-americanos. A diferença entre os casos analisados resulta mais da qualidade técnica de quem compõe os corpos administrativos ligados à aprovação dos projectos, do que de aspectos directamente ligados às especificidades culturais de cada povo, que depois se repercutem nas práticas institucionais e na sua maior ou menor eficiência. E a receita aqui parece óbvia: as tutelas terão de apostar em recursos humanos técnica e culturalmente habilitados a arbitrar as diversas dimensões envolvidas no processo de aprovação dos projectos - da económica à cultural, da ambiental à social - no quadro de um desenvolvimento territorial que tem que fazer sentido no tempo e que compete ao legislador definir à partida, com a maior clareza e objectividade."
Este texto pode, e deve, ser lido na íntegra!
Dessa experiência retiro duas grandes lições para o que nos toca a nós, Portugal. Em primeiro lugar, resulta que os maiores problemas e limitações ligadas ao excesso de burocracia e ao emaranhado da legislação que se colocam em Portugal no campo da promoção de resorts ocorrem com grande similitude na maioria dos restantes destinos europeus e norte-americanos. A diferença entre os casos analisados resulta mais da qualidade técnica de quem compõe os corpos administrativos ligados à aprovação dos projectos, do que de aspectos directamente ligados às especificidades culturais de cada povo, que depois se repercutem nas práticas institucionais e na sua maior ou menor eficiência. E a receita aqui parece óbvia: as tutelas terão de apostar em recursos humanos técnica e culturalmente habilitados a arbitrar as diversas dimensões envolvidas no processo de aprovação dos projectos - da económica à cultural, da ambiental à social - no quadro de um desenvolvimento territorial que tem que fazer sentido no tempo e que compete ao legislador definir à partida, com a maior clareza e objectividade."
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