vineri, 21 noiembrie 2008

"Aviação - Patrões apreensivos com queda de negócios"

Segundo o Notícias, "Os patrões das companhias aéreas africanas manifestaram quarta-feira em Addis Abeba, a sua preocupação face à escalada da crise financeira nos países ocidentais que penaliza os desempenhos do sector aéreo africano.
Esta preocupação foi expressa durante uma reunião na capital etíope consagrada discussões sobre as vias e meios inovadores de financiar o crescimento e a compra de aeronaves no continente.
Falando nessa ocasião, o secretário-geral da Associação das Companhias Aéreas Africanas (AFRAA), Christian Folly-Kossi, estimou que 'a indiferença da África' para com a crise financeira pode ser desfavorável ao continente, cujas companhias aéreas nacionais correm o risco de perder a concorrência para atrair passageiros. 'Devemos aproveitar esta crise financeira para avaliar os nossos valores fundamentais. A indiferença face à crise não nos beneficia', avisou o patrão da AFRAA.
Por sua vez, Girma Wake, director-geral de Ethiopian Airlines, disse à Imprensa que a sua companhia prevê que os efeitos da crise financeira na Europa e nos Estados Unidos far-se-ão sentir no continente africano no início do ano 2009.
A reunião na capital etíope, que ocorre num contexto de ameaça de recessão da economia mundial e de preocupações cada vez mais fortes relativas à crise financeira internacional, evocou a possibilidade de as companhias aéreas africanas sofrerem da diminuição global do crédito e do afrouxamento do tráfico aéreo.
Doadores de fundos internacionais da aviação, que participam no encontro de Addis Abeba, ventilaram a possibilidade de colocar 50 bilhões de dólares americanos à disposição das companhias aéreas africanas para modernizar as suas frotas e renovar os seus sistemas.
No entanto, os responsáveis da aviação africana ressaltaram o facto de as autoridades europeias e americanas estarem a servir-se da crise financeira como desculpa a fim de reforçar o financiamento das suas companhias aéreas vacilantes que, por seu turno, usariam destas verbas para implementar a sua estratégia de expansão em África." (As hiperligações foram acrescentadas)