No Diário Económico, a jornalista Márcia Galrão relata que "Num mercado a braços com uma crise profunda, um novo negócio pode surgir como tábua de salvação: o 'secondary trading'. Nada mais do que a venda de 'slots' entre companhias aéreas por valores que podem ascender aos milhares de euros. Na Portela, por exemplo, o preço do custo administrativo de um 'slot' é inferior a cinco euros.
Se até ao início do ano, a Comissão Europeia era contra esta prática – recorrente no Reino Unido –, em Maio, Durão Barroso veio dizer que já não penalizará os estados que decidam liberalizar o negócio. Cabe agora a cada país decidir que caminho pretende seguir: o da regulação, onde a venda com compensação monetária é proibida ou a liberalização.
Isabel Cysneiros [Chefe da Coordenação de 'Slots' para os aeroportos nacionais da ANA - Aeroportos e Navegação Aérea] é da opinião que Portugal deve manter o sistema actual, até porque acredita que 'se a ideia é proteger o mercado incentivando novos operadores, não serão estes que terão dinheiro para pagar esses valores pelos 'slots''. O que acabará por acontecer num mercado liberalizado 'é a concentração entre os grandes operadores'.
Uma autorização para aterrar no congestionado aeroporto de Heathrow, em Londres, às horas de pico de tráfego, como as 20h00, pode assim valer no mercado muito dinheiro. Em 1998, quando a British Airways sonhava com uma fusão com a American Airlines, 51 slots neste aeroporto londrino estavam avaliados em 45 milhões de euros.
Por agora, a única coisa que é permitida às companhias é a troca entre si de 'slots' ou a transferência de 'slots' entre companhias parceiras, como é o caso da TAP e da PGA. A única regra é que nenhum dos processos envolva compensações monetárias, até porque um 'slot' tem um custo para os operadores praticamente insignificante, correspondendo apenas a uma taxa pelo processamento administrativo do pedido."
Se até ao início do ano, a Comissão Europeia era contra esta prática – recorrente no Reino Unido –, em Maio, Durão Barroso veio dizer que já não penalizará os estados que decidam liberalizar o negócio. Cabe agora a cada país decidir que caminho pretende seguir: o da regulação, onde a venda com compensação monetária é proibida ou a liberalização.
Isabel Cysneiros [Chefe da Coordenação de 'Slots' para os aeroportos nacionais da ANA - Aeroportos e Navegação Aérea] é da opinião que Portugal deve manter o sistema actual, até porque acredita que 'se a ideia é proteger o mercado incentivando novos operadores, não serão estes que terão dinheiro para pagar esses valores pelos 'slots''. O que acabará por acontecer num mercado liberalizado 'é a concentração entre os grandes operadores'.
Uma autorização para aterrar no congestionado aeroporto de Heathrow, em Londres, às horas de pico de tráfego, como as 20h00, pode assim valer no mercado muito dinheiro. Em 1998, quando a British Airways sonhava com uma fusão com a American Airlines, 51 slots neste aeroporto londrino estavam avaliados em 45 milhões de euros.
Por agora, a única coisa que é permitida às companhias é a troca entre si de 'slots' ou a transferência de 'slots' entre companhias parceiras, como é o caso da TAP e da PGA. A única regra é que nenhum dos processos envolva compensações monetárias, até porque um 'slot' tem um custo para os operadores praticamente insignificante, correspondendo apenas a uma taxa pelo processamento administrativo do pedido."