vineri, 5 aprilie 2013

O Rio de Janeiro,a cultura da violência e o turismo


O Rio de Janeiro, a cultura da violência e o turismo.

Bayard Do Coutto Boiteux

 

A política de segurança implantada nos últimos anos,no Estado do Rio,com o advento das upps muito contribuiu para uma nova imagem institucional do Rio,junto aos grandes mercados emissores.Com uma imagem violenta,a cidade maravilhosa estava afugentando turistas,investimentos e até empresas aéreas,que começaram a optar por outros portões de entrada.Vamos sediar grandes eventos como a Jornada dos jovens católicos,a copa das confederações ,os jogos olímpicos,a copa mundial,o que vai possibilitar que nossa cidade seja apreciada no mundo inteiro.

No entanto, temos que cuidar continuamente de tudo que aqui acontece e ter um gabinete de emergência institucional de turismo, que responda rapidamente, com ações de relações publica, quando eventos negativos aqui acontecerem. Acabamos de assistir a  um episodio lamentável de uma turista norte-americana sequestrada e estuprada e um jovem assassinado na porta de uma casa de entretenimento,na zona sul do Rio.Sim,há uma cultura latente de violência que povoa a mente de vários jovens e adultos e que precisa ser trabalhada.Falta um melhor posicionamento das famílias na educação das crianças,que devem ser incitadas a entender a diversidade e a respeitar as outras pessoas.

Sinto, por exemplo, nas redes sociais, discursos de ódio, comunidades que incitam a violência, pessoas que denigrem seus pares e a resposta legal é muito vagarosa. Para retirar um depoimento,perde-se muito tempo e às vezes,o site de relacionamento não entende que uma afirmação é prejudicial.Falta um pouco de ética,de respeito e sobretudo de entendimento de que as lutas são diversas e demandam entendimentos que pressupõem vontade individual de perceber novos posicionamentos.
A cultura da violência que norteia o mundo precisa ser trabalhada em cada comunidade.Responder aos anseios locais com escolas,hospitais,habitação,opções de entretenimento são respostas que o Poder Público precisa incluir em suas políticas no lugar de ofertar salários indiretos,sem ensinar a pescar,criando um exercito de dependentes do Poder publico,que deixam de lutar e se calam,em função daqueles colaborações financeiras recebidas.

O Rio continua e sempre será uma cidade abençoada e querida, mas vamos devagar buscando soluções para os problemas pontuais de trabalho, desemprego, desrespeito às leis que geram um estresse grande na população e estimulam a cultura da violência.

Bayard Do Coutto Boiteux é professor universitário, pesquisador, escritor e preside o site Consultoria em Turismo. (www.bayardboiteux.com.br)