vineri, 23 februarie 2007

"Air Luxor com dívidas a ex-trabalhadores"

No Público de hoje, a jornalista Inês Sequeira dá conta que "Cerca de uma centena de antigos trabalhadores da Air Luxor, que na sua maior parte pertenciam ao pessoal de terra, reclamam créditos salariais que a companhia aérea terá em dívida, num montante superior a 1,2 milhões de euros.
A antiga empresa do grupo Mirpuri - que foi vendida em Julho passado a um fundo de investimento denominado de Longstock Financial Group, presidido por um jurista chamado Vítor Pinto da Costa - perdeu a licença de transporte aéreo em Setembro e desde então não retomou actividade.
A advogada Rita Garcia Pereira, que representa estes 94 antigos trabalhadores da Air Luxor, indicou ao PÚBLICO que uma grande parte (cerca de 90) assinou acordos de rescisão por mútuo acordo com os donos da antiga transportadora, mas as prestações acordadas ficaram por pagar. A mesma advogada acrescenta que, nos acordos assinados, as pessoas ficavam aliás 'a perder' mas, face à situação difícil que se vivia na empresa, 'acharam que mais valia um pássaro na mão do que dois a voar'.
Em causa estiveram duas vagas de despedimentos: a primeira deu-se em Abril, quando a Air Luxor estava ainda nas mãos da família Mirpuri mas já atravessava dificuldades financeiras. Estes trabalhadores receberam ainda as prestações relativas a Maio e Junho, mas depois da venda da companhia ao Longstock nunca mais terão visto a cor ao dinheiro. Quanto à segunda fase de acordos amigáveis, que ocorreu em Novembro passado, nenhuma das prestações acordadas terá sido entregue.
Um segundo grupo mais pequeno de trabalhadores, cerca de quatro ou cinco que não assinaram a rescisão amigável, ficou desde Julho sem receber salários nem qualquer indemnização, indicou a representante dos trabalhadores. Isto embora a empresa os obrigasse a comparecer no local de trabalho.
O PÚBLICO tentou ainda obter algumas respostas da parte do grupo Longstock, ao final da tarde, mas não as recebeu.
Desde que a Air Luxor fechou, os donos anunciaram várias acções que nunca se concretizaram. Ainda em Outubro, a Longstock dizia que iriam retomar em breve os voos com partida de São Tomé. O último anúncio foi a futura criação de uma fábrica de computadores."