joi, 30 aprilie 2009

Capacidade de carga: um dos instrumentos fundamentais na planificação do território turístico

“O futuro do nosso turismo estará ligado a cargas acentuadas ou a modelos de baixa pressão com fraca densidade económica, social, cultural e relacional?”

1) O planeamento turístico e a capacidade de carga
A necessidade de uma adequada planificação territorial torna-se mais premente nos territórios em que uma das principais actividades económicas é o turismo.
À luz dos princípios que norteiam o turismo sustentável, os recursos turísticos devem ser adequados do ponto de vista ambiental, economicamente viáveis e socialmente justos.
São conhecidos exemplos de destinos turísticos que atingiram a saturação, outros em que os desequilíbrios territoriais e os fortes impactos produzidos pelo turismo comprometeram fortemente ou até aniquilaram a actividade, mercê da lesão prolongada ou irreversível dos recursos em que assentava a sua exploração.
Com efeito, os recursos ambientais são perecíveis e, em regra, de difícil recuperação pelo que compreensivelmente devem estabelecer-se limites à sua utilização.
O planeamento turístico deve ter em consideração que existe um limite, denominado capacidade de carga turística (capacidad de carga o de acogida del territorio, carrying capacity in the tourism industry, capacité de charge), uma mensuração de quais os limites máximos suportáveis dos diferentes impactos que pode sofrer determinado recurso. Não se trata de uma proibição pela proibição, mas de uma constatação elementar de que o uso excessivo dos recursos pode acarretar a sua destruição, pelo que importa estabelecer limites para a sua utilização e regras para a sua gestão.
Na definição da Organização Mundial do Turismo, entende-se por capacidade de carga turística o número máximo de pessoas que podem visitar determinado local turístico, sem afectar o meio físico, económico ou sociocultural e sem reduzir de forma inaceitável a qualidade da experiência dos visitantes.

2) Alguns exemplos da utilização do conceito
Sem intuito exaustivo, abordo de seguida alguns documentos no qual surge a capacidade de carga.
No estudo sobre o Planeamento Urbanístico da Região do Algarve, de 1965, com a colaboração do célebre urbanista italiano Luigi Dodi, figura um estudo sumário da capacidade de carga de 105 praias algarvias, avançando-se 677 600 utentes dos quais o plano apenas apresenta propostas de utilização para 348 700 utentes, mais de metade ligados a núcleos turísticos a implementar.
No Esboceto (1964), propõem-se 462 100 camas quando o alojamento turístico do Algarve rondava então as 3 000 camas.
Em 1981, surge uma importante iniciativa da CCR do Alentejo, apesar de elaborada como um mero documento de trabalho, intitulada Contribuição para o Ordenamento Turístico da Região Alentejo.
O Plano Nacional de Turismo de 1986-89 apontando a compatibilização do crescimento do turismo com o desenvolvimento equilibrado das estruturas de apoio e de enquadramento, advoga que deve ser privilegiado o conceito de capacidade de carga turística.
Ao nível comunitário, na Resolução do Conselho, de 22 de Dezembro de 1986, relativa a uma melhor repartição sazonal e geográfica do turismo, convidam-se os Estados membros a medir a capacidade de carga nas zonas de acolhimento e trânsito turísticos.
Na Agenda 21 para a Indústria das Viagens e Turismo, uma das medidas preconizadas para o planeamento visando um desenvolvimento turístico sustentável é a colaboração com as autoridades locais e regionais na avaliação da capacidade de carga do destino turístico, considerando os seus recursos mais críticos (solo, água, energia e infra-estruturas), os factores ambientais (preservação dos ecossistemas e biodiversidade) e os factores culturais.
No Plano de Ordenamento Turístico da Madeira surgem referências à potenciação do mar como recurso turístico e de lazer com grande capacidade de carga bem como a ligação deste conceito à rede de levadas e veredas.
No Plano de Ordenamento Turístico dos Açores introduz-se o conceito de capacidade de carga turística, estabelecendo-se a partir do número de camas existentes em cada uma das nove ilhas em 2005 (no total 8093), o número máximo por ilha a atingir até 2015, podendo excluir-se da mensuração duas tipologias consideradas menos agressivas, o turismo no espaço rural e o turismo de natureza.

3) Divisões
De harmonia com a classificação de Mieczkowski (1995), a capacidade de carga pode dividir-se em:
) Capacidade de carga física: número de pessoas que um serviço ou infra-estrutura turística pode suportar mantendo os padrões de qualidade.
) Capacidade de carga ecológica: grau de tolerância dos ecossistemas à actividade turística, o ponto até que esta pode desenvolver-se sem danificar o meio ambiente.
) Capacidade de carga social: é analisada numa dupla vertente, a dos turistas (ponto de saturação a partir do qual procuram destinos alternativos) e a dos residentes (tolerância da população local ao turismo sem gerar tensões relevantes e por forma a que no território também se possam desenvolver outras actividades).
Importa, neste âmbito, estimar a capacidade de alojamento (abrange os turistas e os que residem habitualmente em determinado território), o abastecimento de água, a planificação de habitações e das vias de comunicação.

4) ALL in one
Atílio Forte ocupou destacadamente as últimas edições dos dois jornais com maior projecção no sector, reproduzindo o essencial de uma reflexão cívica sobre a proposta da Lei de Bases do Turismo.
Do meu ponto de vista trata-se do melhor texto produzido até ao momento sobre a proposta governamental, o que a constituir uma excepção à regra de ouro do profícuo silêncio a que se tem votado lhe permitirá figurar no topo do ranking dos potenciais dirigentes associativos, não a curto mas a médio ou longo prazo.
Mário Assis Ferreira, destoa, assim, do dominante temor reverenciALL – os Xutos até divulgaram recentemente no Casino Estoril o seu novo trabalho – mostrando ao sector empresarial que nos seus quadros figura um ainda jovem director que, apesar de provas dadas no passado, continua a saber intervir acertadamente sobre as grandes questões do turismo. Do ponto de vista do grupo, uma jogada exímia na valorização dos seus activos, um pouco na linha do inteligente lobbie, porventura pouco conhecido mas de grande valia para o sector como a conservação das verbas do jogo no turismo ou inflectindo a tendência da Inspecção de Jogos transitar para a ASAE aquando da derrocada institucional associada ao PRACE.
Bem podia a Confederação do Turismo Português ter reivindicado para si, desde a primeira hora, esta velha e reiterada aspiração do seu anterior presidente, associando ao seu património institucional uma das iniciativas mais meritórias do XVII Governo na área do turismo.

Publituris nº 1069, de 1 de Maio de 2009, pág. 4

vineri, 24 aprilie 2009

"Angola e Moçambique assinam memorando de acções conjuntas no domínio turístico "

O AngolaPress relata que "Angola e Moçambique assinaram quinta-feira, em Luanda, um memorando de acções conjuntas no domínio do turismo, que assenta nas áreas da formação, ordenamento e cadastro das zonas turísticas.
Foram signatários do memorando os ministros Pedro Mutindi, por Angola, e Fernando Sumbula Júnior, pela parte moçambicana.
Os acordos resultam do quadro da aproximação histórica e laços de amizade existente entre os dois povos. Os primeiros trabalhos técnicos com vista à assinatura deste memorando entre os dois ministérios do Turismo tiveram início em 2007, com a deslocação de uma equipa técnica angolana a Moçambique."

"No período entre 2005 e 2008: Investimento no turismo sobe de 600 para 977 milhões de USD"

Como dá conta o Notícias, em Moçambique, "O volume médio anual de investimentos aprovados no sector do turismo, no período entre 2005 e 2008, foi de 600 milhões de dólares norte-americanos, tendo em 2007, atingido o pico de 977 milhões de dólares americanos. Informações avançadas há dias pelo Ministro do Turismo, Fernando Sumbana indicam que, durante esse mesmo período, a capacidade do parque hoteleiro expandiu anualmente a um ritmo de 12 porcento tendo passado de cerca de 15 mil camas em 2005, para mais de 17 500 em 2008.
Actualmente, o sector emprega cerca de 40 mil pessoas, das quais mais de metade são mulheres.
Os números indicam ainda que, as receitas do turismo internacional cresceram de 129 milhões de dólares em 2005, para 185 milhões de dólares americanos em 2008 o que para Fernando Sumbana, confirma que o sector está em franco crescimento, demonstrando que o turismo representa uma opção importante para sustentar a economia nacional, através da distribuição da riqueza em toda a sua cadeia contribuindo assim para a eliminação da pobreza." (A hiperconexão foi acrescentada)
Esta peça jornalística está acessível em texto integral.

"Conselho Nacional de Turismo acontece hoje"

Segundo A semana online, "O Conselho Nacional de Turismo reúne-se hoje, 24, e os vários intervenientes no sector vão debater a relação do Turismo com a Segurança porque este é um elemento fundamental na oferta turística, que condiciona a imagem de qualidade de Cabo Verde. O encontro começa às 08h30, na sala de conferências da Bolsa de Valores de Cabo Verde, Praia.
O tema principal do Conselho Nacional subdivide-se nas problemáticas da segurança física e da segurança alimentar, debatidas pelos membros do CNT, constituído pelos representantes as Direcções Gerais do Desenvolvimento Turístico, Ambiente, Ordenamento do Território, Instituto Marítimo Portuário, Cooperação Internacional e ainda a Cabo Verde Investimentos. UNOTUR, Associação Nacional dos Municípios, Associação dos Agentes de Viagens e Turismo, TACV, Associação Cabo-verdiana de Armadores da Marinha Mercante, Conselho Superior das Câmaras de Comércio e Sindicato da Indústria, Comércio e Serviços, das duas Centrais Sindicais são outros dos elementos do CNT." (As hiperconexões foram acrescentadas)
Este artigo pode ser lido na íntegra.

O apartheid carioca: um retrocesso na democracia?

Moro na cidade mais bonita do mundo: ela é um misto de natureza, de população alegre mas não feliz, de herança cultural mas sobretudo da junção do asfalto e da favela.
É talvez um dos poucos lugares do mundo onde condomínios de luxo convivem com comunidades em que o poder publico passou longe ou simplesmente deixou que fossem ocupadas por um poder paralelo, que as amedronta e exige grandes esforços para a sua sobrevivência.
Minha grande luta e espero que pelo menos nisso, tenha podido herdar valores éticos de meu pai, já que infelizmente não tenho a coragem do mesmo, é buscar soluções para uma melhoria de qualidade dos mais desfavorecidos, através do turismo. Sempre entenderei que o turismo faz uma revolução silenciosa de unir pessoas diferentes, de ideologias, religiões e classes sociais. O grande objetivo da atividade turística é destruir os muros que existem nas cabeças das pessoas,que inibem uma verdadeira aceitação do diferente.
Nasci numa época em que ainda as escolas públicas eram freqüentadas pela classe média e que grandes valores saíram do Pedro II, para citar apenas um exemplo. Lembro a convivência pacífica com a casa de cômodos, ao lado de nosso edifício na Tijuca e a admiração pelos colegas que ali moravam, como o filho do padeiro que levava bolos em datas festivas,que nos enchiam de alegria e respeito. Guardo até hoje lembranças que me permitem continuar admirando a força de um povo, que a cada dia descobre uma nova falcatrua nas administrações públicas e privadas mas que se ergue e continua lutando.
O Rio talvez apresente na praia o espaço mais democrático de um país, embora a mesma tenha se dividido por segmentos, como Ipanema mas não por classes sociais.
Acabo de ver pela segunda vez o interessante filme israelense Lemon Tree, que fez brotar em mim várias reflexões da divisão de um limoeiro, que passou a ser tratado como assunto de Estado, por uma visão imparcial do terrorismo mas também pela inexistência de um mundo aberto para o respeito das tradições .
A cidade já é dividida naturalmente: incluídos e excluídos. Os excluídos vivem uma pseudo vida no entorno maravilhoso e lutam para conseguir vencer a crise. Por uma total falta de políticas publicas de habitação e proteção das áreas ambientais, a cidade maravilhosa viu crescer nos últimos anos as favelas e os condomínios de luxo que invadiram o verde e que ameaçam a sustentabilidade. E eis que surge uma idéia governamental de voltar ao feudalismo, ao Muro de Berlim ou mesmo ao Apartheid sul africano, criando em volta das favelas um muro de proteção, para que o proletariado não avance em construções irregulares e se submeta a um choque de ordem, que vai devolver um pouco de paz ao carioca.
Ledo engano e triste realidade, que se cogite que o muro possa trazer algo positivo. Só o simbolismo de segregação que vem embutido no conceito de proteção, torna os excluídos mais uma vez excluídos. É como se já não bastasse o sufoco diário e que passa a ficar contido dentro de um gheto, parecido com aqueles feitos para separar os diferentes.
Lutar contra os muros, que já estão sendo erguidos mas que um dia poderão cair é uma batalha,em que temos que nos empenhar. O Rio turístico não merece ser comparado ao apartheid como vários jornais estrangeiros vem noticiando. O Rio merece respeito, sobretudo aqueles que passam agora a fazer parte do gheto carioca, sob a bandeira da proteção ambiental....

Bayard Do Coutto Boiteux é professor universitário e coordena o curso de Turismo da UniverCidade, no Rio de Janeiro.

duminică, 19 aprilie 2009

"Brasileiros vão ser contratados para vigiar praias"

No Diário de Notícias, o jornalista Roberto Dores, com Rui Pedro Antunes, dá conta que "As praias portuguesas deverão começar a ser vigiadas por nadadores-salvadores brasileiros, pertencentes à Polícia Militar daquele país, já a partir da próxima época balnear. A 'pouca disponibilidade' dos cerca de 4 mil portugueses habilitados a exercer esta actividade levou o Instituto de Socorros a Náufragos (ISN) e a Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (Sobrasa) a elaborarem uma minuta de um protocolo que está a ser avaliada pela Direcção Geral da Autoridade Marítima, para ser depois submetida à aprovação do Ministério da Defesa.
O projecto é aplaudido pelos concessionários portugueses que anualmente se debatem com dificuldades de contratar nadadores-salvadores para vigiarem as praias, acabando mesmo por se sujeitarem a pesadas multas, por não cumprirem as normas de segurança. Segundo dados do ISN, a costa portuguesa necessita diariamente de dois mil vigilantes, de acordo com a legislação aprovada em 2008, mas apesar do ISN formar 1500 nadadores-salvadores por ano, a maioria recusa trabalhar nas praias." (As hiperconexões foram acrescentadas)
Este artigo pode ser lido na íntegra.

sâmbătă, 18 aprilie 2009

Texto de Atílio Forte sobre a Lei de Bases do Turismo

Atílio Forte tem um destaque inédito na imprensa do sector ocupando 3 páginas centrais do Publituris de 17 de Abril e o Turisver on-line acaba de publicar o texto na íntegra http://www.turisver.com/article.php?id=42402
Seguramente o melhor contributo até ao momento.

joi, 16 aprilie 2009

"OMT envia peritos para formar técnicos que vão trabalhar no CAN2010 "

Segundo o AngolaPress, "A Organização Mundial do Turismo mostrou-se disponível em enviar ao país peritos para leccionar cursos de formação de formadores aos técnicos angolanos das quatro províncias que participarão directamente nos trabalhos do CAN 2010, a partir do mês de Maio.
Segundo uma nota da organização, a propósito da realização do 48ª reunião da Comissão da Organização Mundial do Turismo para África, a instituição abordou esta questão com a delegação angolana presente no fórum que se realiza desde quarta-feira em Yaondé, Camarões.
O encontro da OMT é anual e reúne ministros do Turismo de África e é organizada pela representação regional da organização, visando orientar as actividades do sector no continente.
Durante quatro dias, o encontro vai abordar temas relacionados com o impacto do abrandamento da economia mundial no turismo, as tendências do mercado no ano 2008 e as perspectivas para 2009, o crescimento do sector e o relatório de actividades do comité de relance da área, assim como o programa de trabalho para 2009-2010.
Para além da reunião dos ministros do Turismo, o programa prevê a realização de um seminário onde serão debatidos os temas sobre o CAN 2010 em Angola e a Copa do Mundo a ter lugar na África do Sul. 'Serão dois desafios importantes devido as oportunidades na realização destes dois eventos na África Austral', sublinha o documento.
A delegação angolana é chefiada pelo vice-ministro da Hotelaria e Turismo, Paulino Baptista, integra o director nacional das actividades turísticas, Manuel King Junior e o segundo secretário da Embaixada de Angola nos Camarões." (As hiperconexões foram acrescentadas)

miercuri, 15 aprilie 2009

Denúncia de ataque a brasileiros acende debate sobre xenofobia na Espanha

por BBC Brasil, em Madri

Uma denúncia de agressão a duas crianças brasileiras em uma escola de Madri reacendeu na Espanha a polêmica sobre xenofobia nas instituições de ensino do país. A empresária paulista Mônica Patusca afirmou que seus filhos, Carlos Henrique, 12, e Ana Karina, 9, foram alvo de agressões físicas e xingamentos racistas por parte de outros alunos do colégio pelo fato de serem estrangeiros.
O caso ganhou destaque na imprensa espanhola e levou o governo da Espanha a reconhecer que estudantes imigrantes são alvos de xenofobia nas escolas do país.
Mônica, que mora com os filhos na Espanha há quatro meses, disse à BBC Brasil que Carlos Henrique "chegou em casa com as pernas roxas várias vezes", afirmando ter sido agredido por um grupo de garotos da própria turma, da 7ª série do colégio Enrique Tierno Galván, em Madri.
Segundo ela, o filho está fazendo tratamento psicológico para suportar "uma perseguição xenófoba que acontece desde o primeiro dia de aula, com xingamentos e violência física".
Mônica contou ainda que chegou a prestar queixa na polícia com um boletim médico, mostrando que a filha sofreu agressão física durante o recreio. Ela também pediu ajuda ao consulado brasileiro em Madri, que mandou uma carta à escola relatando a reclamação da mãe dos alunos.
Segundo a empresária, que mora em Madri com os filhos desde dezembro de 2008, o colégio não tomou providências. Procurada pela BBC Brasil, a escola Enrique Tierno Galván não respondeu às acusações. A diretora Elena Maria Perex disse que a instituição "não faz declarações à imprensa".

Pesquisa
A denúncia de Mônica trouxe de volta ao país a preocupação com casos de xenofobia nas escolas espanholas. Um relatório de especialistas em educação e sociologia confirmou recentemente a situação vulnerável dos estudantes imigrantes. Segundo o informe do Observatório Estatal de Convivência Escolar - feito pelo Ministério de Educação no segundo semestre de 2008 --há grandes índices de rejeição dos estudantes espanhóis em relação a alunos estrangeiros.
Baseado numa pesquisa feita com 23.100 estudantes e seis mil professores do Ensino Fundamental de 300 colégios, a conclusão é de que os alunos espanhóis são pouco tolerantes para com os imigrantes. Quase a metade dos consultados, 46%, diz que prefere não fazer trabalhos escolares com companheiros latino-americanos.
Dois terços dos alunos afirmaram ainda que optariam por não estudar ao lado de ciganos, judeus ou marroquinos. Dos coletivos de imigrantes, os únicos bem-vistos são americanos e europeus ocidentais.
Segundo o ministério, o estudo tem como objetivo revelar as barreiras existentes a um convívio pacífico entre estudantes imigrantes e espanhóis, e criar "novas bases para resolver o problema".
Mas os autores do relatório admitem que a política de integração está falhando.
"Os coletivos imigrantes estão sob um grande risco de sofrer intolerância em seus âmbitos de atuação e, o que é mais grave, não houve melhora alguma dos últimos anos para cá em nenhum dos métodos de integração e informação", disse à BBC Brasil a diretora do informe, Maria Diaz-Aguado, catedrática de Psicologia da Educação da Universidade Complutense de Madri.
Falhas
A pesquisa revelou ainda que professores e alunos não estão de acordo com a orientação dada nas escolas sobre racismo e xenofobia. Apesar de 90% dos docentes terem respondido que seus colégios estão trabalhando para dar uma boa acolhida aos estudantes estrangeiros, 64% dos alunos acham que isso não é o que acontece. Sete entre dez alunos disseram que não têm boa formação ou informação sobre racismo e xenofobia, nem sabem o bastante sobre tolerância e respeito a outras culturas.
O informe também abordou a violência nas escolas, indicando que 80% dos estudantes são contra agressões racistas e xenófobas e 8% são favoráveis. Uma pequena parte dos alunos inclusive admitiu a participação em atos de violência dentro dos colégios; 3.4% disseram ter sofrido agressões físicas ou verbais e 2.4% disseram já ter agredido alguém.
Entre os agressores, 18% afirmaram que a cor da pele é um fator relevante para cometer um gesto violento e que ciganos e imigrantes são "alvos mais fáceis", principalmente os menores porque "circulam sozinhos e não se defendem".
"A escola é um microcosmos que responde à sociedade ao redor. Que haja casos de agressões físicas e verbais é gravíssimo", disse à BBC Brasil, Mariano Fernandez Enguita, catedrático em Sociologia pela Universidade de Salamanca e coautor do informe.
Ele afirmou ainda que a Espanha "passa por um momento de ressaca da imigração alentado pelo debate político e a crise econômica" e que a solução está em criar políticas educativas que promovam a convivência.

marți, 14 aprilie 2009

Quem é o turista brasileiro que visita o Rio, na Páscoa?

Pesquisa realizada de 09 a 12 de abril de 2009, com 600 turistas brasileiros, coordenada pelos professores Bayard Boiteux e Mauricio Werner nos bairros de Copacabana, Ipanema, Leblon, Barra e Centro pela UniverCidade, Fundação Cesgranrio e Planet Work revela o perfil do turista que visitou o Rio, na Páscoa:

Forma de transporte: 65% terrestre / 35% aéreo
Meio de Hospedagem: 50% hotéis / 25% aptos de temporada / 20% casas de amigos / 5% hospedagem domiciliar
Origem: 38 % Minas Gerais / 25% São Paulo / 15% Espírito Santo / 12% Paraná / 6% Rio / Grande do Sul / 4% Pernambuco
Permanência Média: 90% de 2 a 4 dias / 6% de 5 a 7 dias / 4% mais de 8 dias
Escolaridade: 15% Nível Fundamental / 35% Nível médio / 50% Nível Superior
Gasto médio por dia: 25% até RS 120,00 / 45% de RS 130,00 a RS 200,00 / 30% de RS 210,00 a RS 350,00
Idade: 25% de 18 a 25 anos / 38% de 26 a 40 anos / 20% de 41 a 58 anos / 17% de 59 em diante
Pontos Positivos: 35 % prestação de serviço / 25% belezas naturais / 20% temperatura agradável / 15% metro / 5% compras
Pontos Negativos: 40% Segurança urbana / 25% população de rua / 20% sinalização turística / 10% informação turística / 5% preços
Avaliação da Segurança em áreas turísticas: 25% Muito boa / 8% Boa / 23% Regular / 4% Insuficiente
Freqüência: 35% primeira vez no Rio / 40% de 2 a 4 vezes / 25% mais de 4 vezes
Atrativos turísticos mais visitados: 30% Pão de açúcar / 21% Corcovado / 20% Jardim Botânico / 18% Praias / 11% Museus
Retorno: 95% retornariam ao Rio / 5% não retornariam
Sexo: 55% masculino / 45% feminino

A margem de erro é de 4%.

"Apenas 10 coimas por incumprimento no 1º ano da Lei do Tabaco"

Segundo o Diário Digital, "A Direcção-Geral da Saúde teve conhecimento de apenas 10 coimas aplicadas por incumprimento da Lei do Tabaco, num total de 272 processos que deram entrada na Comissão de Aplicação de Coimas em Matéria Económica e de Publicidade (CACMEP).
Os dados foram avançados por Nina Sousa Santos, jurista da Direcção-Geral da Saúde (DGS), no I Congresso Nacional de Saúde Pública, que decorre hoje e quarta-feira em Lisboa.
Com a nova Lei do Tabaco, que entrou em vigor a 1 de Janeiro de 2008, passou a ser proibido fumar nos espaços públicos, locais de trabalho, unidades de saúde, estabelecimentos de ensino e ainda museus, centros comerciais, aeroportos e meios de transporte.
Segundo Nina Sousa Santos, foram remetidas à Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) 505 queixas por parte de várias entidades, a que se somam 173 processos instaurados pela própria ASAE, entidade a quem compete fiscalizar o cumprimento da lei." (As hiperconexões foram acrescentadas)
Esta notícia pode ser lida na íntegra.

duminică, 12 aprilie 2009

"Berlengas querem ser auto-sustentáveis"

De acordo com a edição de hoje do Jornal de Notícias, "Compatibilizar o turismo com a preservação do ecossistema das Berlengas é o objectivo de vários projectos que pretendem tornar a ilha auto-sustentável na produção de energia, no tratamento dos efluentes e do lixo.
A associação Berlenga - Laboratório de Sustentabilidade', constituída por 12 organismos públicos e privados, tem vindo a realizar experiências na ilha, como a instalação de painéis solares, para vir a dotar a Reserva Natural de capacidades de geração e armazenamento de energia a partir de fontes renováveis.
As iniciativas da associação constam do dossiê de candidatura das Berlengas a reserva da Biosfera a ser entregue nos próximos meses à UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura)." (A imagem e as hiperconexões foram acrescentadas)
Este artigo pode ser lido em texto integral.

sâmbătă, 11 aprilie 2009

ALLterações na recta final...

A grande diferença entre um fim sem esperança e uma esperança sem fim passa pela eliminação da asfixia que condiciona o futuro da actividade

1) O medo, o silêncio e a governação do turismo
A situação económica actual acentua ainda mais um fenómeno preocupante da nossa Democracia: o medo e o silêncio que vai grassando na sociedade civil e a que infelizmente o turismo não escapa.
Não é apenas o cidadão comum mas também os que ocuparam médios e altos cargos no turismo, seja no sector público ou no privado, que me expressam regularmente as suas preocupações e perplexidades perante as diferentes medidas da actual maioria, pedindo expressamente reserva das suas opiniões por temerem ser prejudicados nas suas vidas profissionais.
Mesmo pertencendo ao sector empresarial a atitude de reserva mantém-se porquanto os empresários aos quais se encontram ligados como funcionários ou consultores dependem ou podem vir a depender dos favores do Secretário de Estado do Turismo, do presidente do Turismo de Portugal ou do seu vice-presidente.
Hoje a censura não é mais o esbirro da PIDE que projecta água sobre as vozes subversivas por forma a que não adormeçam na célebre tortura do sono ou que as admoesta até à exaustão com choques eléctricos. É uma censura económica, mais subtil mas igualmente poderosa pois a crítica pode conduzir ao afastamento profissional o qual gera lancinantes insónias perante a impossibilidade de assegurar as suas necessidades básicas.
Prestes a completarmos 35 anos sobre a madrugada libertadora de Abril este estado de coisas numa Democracia europeia tem de ser rapidamente erradicado.
Ocorre-me a este propósito, um texto de invulgar beleza literária da autoria de Manuel Alegre numa homenagem da Ordem dos Advogados a Francisco Salgado Zenha. Num período conturbado da revolução, o Primeiro-Ministro alerta-os para um golpe militar que está prestes a acontecer. Zenha tem então um rasgo característico, convencendo Alegre a escreverem pelos seus próprios punhos comunicados que rapidamente difundem pelas secções do PS mobilizando as bases, frustrando a intentona militar, apesar das dúvidas de Alegre quanto à adequação do método da escrita para travar as pesadas chaimites. O texto encerra precisamente com uma expressão de Zenha aludindo ao poder das canetas como armas que ombreiam com as poderosas chaimites.
Eu também acredito que com a caneta se pode e deve contribuir para erradicar este medo que grassa no nosso quotidiano, o qual paralisa a sociedade e trava o crescimento de Portugal.

2) Apresentação do site da campanha de turismo interno: marketing político de bom nível
Tratava-se de uma acção à primeira vista desnecessária e até contraproducente porquanto o site já existia aquando da apresentação da campanha.
Tendo ocorrido alguns melhoramentos, designadamente o do fundo verde deixar praticamente ilegível o cinzento dos caracteres apontado em anterior artigo, estes por si só não justificavam que pouco tempo após um lançamento em 16 de Fevereiro uma nova ida em 9 de Março, desta sorte ao salão nobre do Ministério da Economia.
A grande novidade era, porém, o maciço e inequívoco apoio do sector associativo empresarial à campanha, em que para além da CTP e da AHRESP pontificou a irreverente APAVT, qual cereja no topo do bolo.
O SET não teve sequer de afectar a sua tradicional elegância e fluidez discursivas, ficando o porventura dispensável remoque para os críticos desta campanha a cargo do vice-presidente da CTP. Pelos meios utilizados estou convencido que a engenhosa acção não envolveu qualquer despesa pública, o que a tornaria reprovável.
A partir de então a única medição da opinião pública desta campanha de turismo interno que conheço (precisamente no site desta publicação) estabilizou e até reduziu as opiniões discordantes.
Curvo-me respeitosamente perante o mentor da inteligente iniciativa e espero que o turismo possa continuar a desfrutar da sua invulgar criatividade e tino político.

3) Lei de Bases do Turismo: os primeiros comentários
Diferentemente do que foi anunciado não me parece que se esteja a cumprir uma promessa, pois não tenho memória que o SET se tenha pronunciado nesta matéria antes da sua apresentação.
A Lei de Bases do Turismo (LBT) foi introduzida no programa eleitoral do PS na área do turismo por Vítor Neto, que aliás o inspirou em boa medida, e daí irradiou para o Programa do Governo. O grande arauto da medida no sector associativo empresarial foi Atílio Forte, ao tempo presidente da CTP.
Sucede que Vítor Neto foi preterido na governação pelas astuciosas mas míopes manobras de bastidores dos seus correligionários que desembocaram numa sofrível designação dinástica, enquanto Atílio Forte assistiu com dignidade à quebra dos compromissos para a sua reeleição quando os grandes grupos decidiram tomar as rédeas da confederação. Ambos, no entanto, se agigantaram posteriormente, embora com atitudes diametralmente opostas. O primeiro, pelo incessante labor e destacado eco nos media, é o mais influente comentador do turismo enquanto o segundo numa rara conveniência estratégica entre o dever profissional e interesse político assumiu um silêncio de ouro gerador de invulgares dividendos.
A penumbra política dos seus arautos reduziu automática e drasticamente o fulgor da LBT que de insubstituível jóia programática passou a figurar no baú das promessas bolorentas e votadas ao esquecimento.
Até que em Setembro de 2008 o SET decide proclamar o cumprimento do Programa do Governo. Voz discordante contrapõe, porém, que o SET se precipitou em tal afirmação, entre outras razões porquanto a LBT figura destacadamente no Programa do Governo e nada havia sido feito nesse domínio, nem sequer um esquiço do seu conteúdo.
Seis meses volvidos sobre o anúncio precoce do cumprimento do programa governamental na área do turismo a apresentação da LBT é anunciada no Congresso da AHP, efectivamente uma grande e inesperada novidade trazida por Bernardo Trindade.
Apanhadas de surpresa a CTP e as principais associações esboçam os primeiros comentários. Mais prazo pede justificadamente a CTP atenta a importância do estruturante diploma ao que o SET anui, publicando previa e inovadoramente no site do Turismo de Portugal a proposta, o que nunca tinha acontecido anteriormente numa prática política de sigilo legiferante e de interlocutores privilegiados.
É certo que a LBT deveria ter sido consensualizada no primeiro ano da Legislatura, que agora surge como uma atitude meramente reactiva e de cunho eleitoralista, mas como refere o adágio popular mais vale tarde do que nunca e a aspiração da sua publicação tem quase seis décadas.
Importa, pois, que nos próximos meses se possa tratar serenamente as matérias que lá vão ingressar para não criarmos mais entraves desnecessários à actividade económica do turismo.
Basta pensarmos que a definição de turismo constante da proposta, muito criticada aliás, determina a subsequente eliminação de um dos dez produtos estratégicos do PENT, o turismo residencial.

in Publituris nº 1066, 10 de Abril de 2009, pág. 4

vineri, 10 aprilie 2009

"O Novo Regime da Instalação e Funcionamento dos Estabelecimentos de Restauração ou de Bebidas - Anotado e Comentado"

A Almedina, de Coimbra, acaba de publicar o livro O Novo Regime da Instalação e Funcionamento dos Estabelecimentos de Restauração ou de Bebidas - Anotado e Comentado, da Autoria de José António Dias Figueiredo.

ISBN 9789724037783 | 258 págs (€18.00)

Nos termos da respectiva Apresentação:
"O novo Regime da Instalação e do Funcionamento dos Estabelecimentos de Restauração ou de Bebidas, constituído por dois diplomas fundamentais (Decreto-Lei n.º 234/2007, de 19 de Junho, e Decreto Regulamentar n.º 20/2008, de 27 de Novembro), representa uma alteração substancial do anterior regime, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 168/97, de 4 de Julho.

Este novo regime procura simplificar e desburocratizar os procedimentos de licenciamento dos estabelecimentos de restauração ou de bebidas, dispensando estes estabelecimentos de licença de funcionamento, submetendo-os a um regime de declaração prévia quanto ao exercício de actividade.
No presente trabalho propomo-nos anotar e comentar os diplomas fundamentais que compõem o novo regime e indicar legislação subsidiária igualmente importante, dando assim um contributo para o seu estudo e interpretação, proporcionando uma ferramenta indispensável na compreensão e aplicação prática desta legislação."

miercuri, 8 aprilie 2009

"Comissão actualiza lista das companhias aéreas proibidas de voar no espaço aéreo da União Europeia"

Segundo a Sala de Imprensa da U.E., "A Comissão Europeia adoptou hoje uma actualização da chamada lista negra das companhias aéreas que estão proibidas de voar para a União Europeia por razões de segurança. A Comissão proibiu seis companhias aéreas do Cazaquistão, uma companhia aérea certificada na Tailândia e mais um transportador aéreo ucraniano. Proibiu ainda todos os transportadores aéreos certificados no Benim de voarem para a União Europeia.
'A Comissão continuará a dialogar activamente com todas as partes ligadas à aviação para garantir que todos os aviões e todos os transportadores aéreos respeitem as exigências internacionais de segurança aérea. Os passageiros têm o direito de se sentir em segurança e de estar efectivamente em segurança quando o aparelho em que viajam descola.', declarou Antonio Tajani, Vice-Presidente da Comissão, que tutela os Transportes.
A nova lista vem substituir a lista anterior, publicada em Novembro de 2008, e pode ser consultada no sítio Web da Comissão. Por parecer unânime do Comité da Segurança Aérea, a Comissão actualizou a lista, tendo decidido alargá-la proibindo os seguintes transportadores aéreos de voar para a União Europeia, por razões de segurança:
  • Air Company Kokshetau, ATMA Airlines, Berkut Air, East Wing, Sayat Air e Starline KZ (Cazaquistão);
  • One Two Go Airlines (Tailândia);
  • Motor Sich Airlines (Ucrânia);
  • Todas as companhias aéreas certificadas na República do Benim, devido aos resultados negativos da auditoria efectuada pela Organização da Aviação Civil Internacional (ICAO).
A Comissão registou os progressos significativos efectuados por Angola com as medidas tomadas para melhorar a segurança. Registou, designadamente, o relatório intercalar elaborado pelas autoridades aeronáuticas de Angola sobre a aplicação de medidas correctivas na sequência da visita de uma equipa de peritos europeus em Fevereiro de 2008 e da publicação, em Outubro de 2008, do relatório da auditoria de segurança da ICAO.
O relatório da visita de uma equipa de peritos europeus à Indonésia em Fevereiro de 2009 revelou melhorias consideráveis. A Comissão prosseguirá o intenso processo de consultas às autoridades aeronáuticas com vista à reavaliação da situação de segurança na próxima reunião do Comité da Segurança Aérea.

A partir de hoje, a lista comunitária proíbe, portanto:

Todos os transportadores aéreos de Angola, Benim, Guiné Equatorial, Indonésia, República do Quirguizistão, Libéria, Serra Leoa, Suazilândia, República Democrática do Congo e Gabão, excepto a Gabon Airlines e a Afrijet, que beneficiam de derrogações em relação a um pequeno número de aviões.

Os seguintes dezasseis transportadores aéreos:
  • Afeganistão – Ariana Afghan Airlines;
  • Camboja – Siem Reap Airways International;
  • República Popular Democrática da Coreia – Air Koryo;
  • Cazaquistão – Air Company Kokshetau, ATMA Airlines, Berkut Air, East Wing, Sayat Air e Starline KZ;
  • Ruanda – Silverback Cargo Freighters;
  • Sudão – Air West;
  • Tailândia – One Two Go Airlines;
  • Ucrânia – Motor Sich Airlines, Ukraine Cargo Airways, Ukraine Mediterranean Airlines e Volare Aviation".

"Mais queixas por cartões de férias"

No Jornal de Notícias de hoje, Céu Neves relata que "Um telefonema, um anúncio de um prémio e a obrigatoriedade deste ser levantado pelo casal, no dia X e às tantas horas. É assim o modus operandi das empresas que vendem cartões de férias, uma forma de 'publicidade enganosa e agressiva' e que até levou à necessidade de criar uma lei, há dez anos [Decreto-Lei n.º 275/93, de 5 de Agosto, como modificado pelo Decreto-Lei n.º 180/99, de 22 de Maio, e pelo Decreto-Lei n.º 22/2002, de 31 de Janeiro], a permitir a anulação do contrato no prazo de 14 dias após a assinatura. Estas vendas agressivas ressurgiram e aumentaram as queixas.
José Plácido é um dos 581 consumidores que reclamou o ano passado junto da Deco e contra a empresa que, segundo os juristas da associação, levanta mais problemas: a Mundi Travel. Ainda hoje está à espera de reaver o dinheiro que deu de entrada, dois mil euros." (As hiperconexões foram acrescentadas)
Este artigo pode ser lido na íntegra.

Nota: finalmente, estas questões passaram a ter resposta no que se refere ao Direito Comunitário europeu através da Directiva 2008/122/CE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 14 de Janeiro de 2009 , sobre a protecção do consumidor relativamente a determinados aspectos dos contratos de utilização periódica de bens, de aquisição de produtos de férias de longa duração, de revenda e de troca.

marți, 7 aprilie 2009

"Pedro Pires defende elaboração de um plano de desenvolvimento turístico para ilha do Fogo"

Segundo A Semana online, em Cabo Verde, "O Presidente da República, Pedro Pires defendeu este domingo, durante o acto central da inauguração da Aldeia Turística 'Sírio' a elaboração de um plano de desenvolvimento turístico para a ilha do Fogo e para Chã das Caldeiras.
Pedro Pires afirmou que chegou altura da zona turística de Chã Das Caldeiras ter seu próprio plano de desenvolvimento turístico. O Chefe de Estado avançou que o potencial turístico em Chã é vasto e que é preciso pensar que tipo de turismo se adequa ao local. PP defendeu, por isso, que é necessário planificar para disciplinar as construções e a prática da agricultura." (As hiperconexões foram acrescentadas)

Este artigo está acessível em texto integral.

joi, 2 aprilie 2009

"Decreto-lei aprovado pelo Governo estabelece regime de gestão das águas balneares"

O Público dá conta que, em Portugal, "O Governo aprovou hoje o decreto-lei que estabelece o regime de gestão, monitorização e classificação da qualidade das águas balneares, que devem ter, a partir de 2015, a classificação no mínimo de 'Aceitável'.
O documento, que transpõe a directiva comunitária 2006/7/CE relativa à gestão da qualidade das águas balneares e foi aprovado hoje em Conselho de Ministros, estabelece ainda que a informação sobre a qualidade das águas balneares deve ser transmitida ao público.
Por outro lado, prevê que a identificação das águas balneares e a fixação da época balnear passem a ser efectuadas anualmente por uma única portaria, na sequência de um procedimento único centralizado junto do Instituto da Água e que terá início logo a seguir ao termo da época balnear anterior.
Prevê-se, igualmente, o procedimento para a monitorização, avaliação e classificação das águas balneares e de restrição da prática balnear nessas águas. Com base na análise laboratorial das amostras recolhidas no âmbito do Programa de Monitorização, as águas balneares são avaliadas e classificadas pelo Instituto da Água (INAG) como 'Más', 'Aceitáveis', 'Boas' ou 'Excelentes'. Segundo o documento, devem ser tomadas as medidas que se considerem adequadas para aumentar o número de águas balneares classificadas como 'Excelente' ou 'Boa' e todas devem ter a classificação de 'Aceitável' a partir de 2015.
Estabelecem-se, também, medidas que devem ser tomadas em casos de situações inesperadas, como episódios de poluição de curta duração, que tenham, ou que venham eventualmente a ter, um impacto negativo na qualidade das águas balneares ou na saúde dos banhistas.
Através do sítio do INAG, os portugueses passam a ter acesso a informação sobre os resultados da monitorização da qualidade das águas balneares e das medidas especiais tomadas para prevenir riscos para a saúde." (As hiperconexões foram acrescentadas)

"Estabelecidas as regras de base na Europa, algumas companhias aéreas já oferecem a possibilidade de utilizar telemóveis em voo"

Como divulgou a Sala de Imprensa da U.E., "É cada vez maior o número de passageiros aéreos europeus aos quais é oferecida a possibilidade de utilizarem o telemóvel para enviar mensagens de texto, navegar na Web ou mesmo fazer chamadas durante os voos. Um ano depois de a Comissão ter adoptado regras comuns para a utilização segura de telemóveis a bordo dos aviões e para a autorização simples deste serviço transfronteiras, 27 aeronaves europeias foram equipadas de modo a permitirem a utilização segura de telefones GSM durante os voos no espaço aéreo europeu. Espera-se que este número duplique até ao final de 2009.
'A possibilidade de utilizar o telemóvel durante o voo é particularmente atraente para quem viaja por motivos profissionais e para os passageiros mais jovens. É também um modelo de negócio interessante para as empresas europeias. Por isso, há um ano, a Comissão estabeleceu regras de base comuns para que as empresas possam oferecer o serviço nos céus europeus de um modo seguro e simples, sem ter de cumprir 27 procedimentos de autorização nacionais diferentes,' afirmou Viviane Reding, Comissária europeia responsável pelas telecomunicações. 'Estou contente por ver que as companhias aéreas já começam a oferecer serviços de telefonia móvel a bordo na Europa. Para que a implantação destes serviços continue a processar-se sem problemas, a utilização de telemóveis durante os voos não deve incomodar os outros passageiros, devendo, por exemplo, prever-se zonas reservadas, como nos comboios. Os operadores devem também procurar que os preços se mantenham razoáveis. Se assim for, os serviços de telefonia móvel a bordo podem ser um bónus para as empresas europeias no mercado mundial, e muito concorrencial, das viagens aéreas'."

Este artigo foi também distribuído, na íntegra, nas Línguas Portuguesa e Espanhola.

"El turismo y la cumbre del G-20 - Mensaje de la OMT"

"En el momento en que los dirigentes mundiales luchan con unas condiciones económicas mundiales sin precedentes, queremos poner de manifiesto el potencial que tiene el turismo para apoyar a corto plazo las medidas de estimulación y transformar a más largo plazo la economía en una economía verde, de manera coherente con los imperativos de desarrollo y respuesta al cambio climático.
Varios Estados miembros del G-20 han incluido ya los viajes en sus propios programas de estimulación. Fomentar el turismo interno favorece la confianza de los consumidores; los viajes internacionales tienen el valor añadido de reforzar los movimientos comerciales. Las actividades encaminadas a impulsar la promoción comercial, simplificar la reglamentación, construir infraestructura y racionalizar impuestos, incitan a su vez a las empresas a invertir, innovar y estimular la demanda. Este tipo de colaboración publico-privada debería promoverse enérgicamente, en el interior de los Estados y entre ellos: ayuda a crear elasticidad y expansión en las economías.

El turismo es un vehículo primordial de la creación de empleo y de la regeneración económica
Se estima que el turismo impulsa actualmente un 6 % del empleo en las economías del G-20, con un fuerte efecto multiplicador en los servicios conexos, la industria fabril y la agricultura, que dependen de la demanda turística. Es uno de los mayores sectores de empleo en la mayoría de los países y un vehículo rápido de entrada a la vida laboral para los jóvenes y las mujeres de las comunidades urbanas y rurales.
El turismo y los viajes representan cerca de 5 % del PIB de los países del G-20 y del 20 % de sus exportaciones de servicios. Su importancia es incluso mayor en los países más pobres del mundo, donde son un pilar de la economía, un factor crucial de empleo y comercio, y una tabla de salvación esencial para su desarrollo.

El turismo y los viajes pueden liderar el cambio a una economía verde
Responsable de aproximadamente 5 % de las emisiones de carbono, el sector se ha comprometido a responder al cambio climático por medio de la adaptación, la mitigación y las nuevas tecnologías. La mejora de la conservación, la reducción de la congestión, el empleo de energías renovables, el uso de biocombustibles limpios y la construcción de edificios adaptados a las condiciones climáticas, junto con la información para un consumo «verde» y la formación del personal son oportunidades claras para que las empresas de hostelería y transporte evolucionen hacia una economía más sostenible.

El fomento del turismo reforzará el comercio bidireccional: promoverá los esenciales ingresos de las exportaciones para los países más pobres y mejorará los resultados de los proveedores mundiales, que proceden en buena parte de los Estados miembros del G-20. Apoyará la confianza de las empresas y de los consumidores, creará empleo y pondrá en marcha una economía verde."